A influência das redes sociais é algo indiscutível atualmente. Por isso, é importante que os pais tenham cuidado ao deixar os seus filhos conectados.
De acordo com informações de pesquisas, as redes sociais têm papel importante nesse processo de formação de personalidade das crianças, principalmente dos meninos.
O estudo da Common Sense Media, conduzido pelo pesquisador Michael Robb, revela que os conteúdos sobre masculinidade que aparecem nos feeds dos adolescentes podem moldar, silenciosamente, a forma como eles entendem o que significa “ser homem”.
A seguir, confira mais detalhes sobre a pesquisa. As informações são do site Parents.
O que as redes falam sobre a masculinidade?
Os cientistas ouviram meninos entre 11 e 17 anos para entender como os ambientes digitais influenciam sua identidade.
Em sua maioria, foi relatado que eles veem frequentemente conteúdos sobre masculinidade. Muitos desses vídeos e postagens reforçam ideias antigas: homens não choram, não demonstram medo e precisam ser fortes o tempo todo.
Apesar de parecer inofensivo, esse tipo de mensagem tem impacto direto no comportamento e nas emoções.
Segundo o estudo, 67% dos meninos evitam falar sobre sentimentos, e quase metade sente que precisa esconder qualquer vulnerabilidade.
Quando metade da humanidade é silenciada pela influência das redes sociais
A psicóloga Niobe Way, professora da Universidade de Nova York e especialista em desenvolvimento socioemocional, afirma que esse cenário cria um dilema perigoso.
Logo, esse tipo de pressão não apenas limita o crescimento emocional, mas também aumenta sentimentos de solidão e baixa autoestima.
Muitos adolescentes relatam sentir que precisam corresponder a um padrão inalcançável de aparência e comportamento.
O algoritmo também é um inimigo, neste caso
Uma descoberta preocupante do estudo é que os meninos não buscam frequentemente esse tipo de conteúdo.
Em 68% dos casos, os vídeos e postagens sobre masculinidade surgem automaticamente nos feeds, impulsionados pelos algoritmos das plataformas.
Ou seja, mesmo que o adolescente não procure esse tema, ele acaba sendo exposto a mensagens que reforçam estereótipos. TikTok, YouTube e Instagram aparecem como as principais fontes dessa influência.
A pressão social
Por outro lado, nem toda a influência das redes sociais é negativa. O estudo mostra que muitos meninos veem influenciadores como fontes de apoio e inspiração. Cerca de 60% afirmam que esses criadores os ajudam a lidar com desafios e inseguranças.
Mas Michael Robb, chefe de pesquisa da Common Sense Media, alerta que esse apoio pode vir misturado a mensagens tóxicas sobre masculinidade. “Os meninos buscam conexão, mas nem sempre os espaços digitais oferecem segurança emocional”, observa.
As crianças passam a se comparar
Além das mensagens sobre comportamento, há também uma grande pressão estética. Termos como lookmaxxing, que está relacionado a busca por uma aparência ideal, surgem com frequência.
Segundo o estudo, 91% dos meninos veem conteúdos sobre aparência física, e 75% consomem publicações focadas em corpo musculoso e pele perfeita.
Essa comparação constante pode gerar insatisfação com o corpo e sensação de inadequação. Um em cada quatro meninos diz sentir vontade de mudar sua aparência após navegar pelas redes.
Um bom ciclo social importa
Apesar de toda a pressão online, o estudo mostra que as relações presenciais continuam sendo essenciais. Quase 80% dos meninos afirmam recorrer aos pais quando enfrentam dificuldades, e os que contam com amigos próximos relatam maior autoestima.
A Dra. Niobe Way, que foi consultora da pesquisa, destaca que essas conexões são fundamentais para equilibrar o impacto digital. “Os meninos não perderam a capacidade de cuidar e se importar. O que falta é permissão para expressar isso sem medo de julgamento”, afirma.
Papel dos pais
Falar sobre emoções, demonstrar vulnerabilidade e valorizar a empatia são atitudes que fortalecem o vínculo familiar e ensinam que ser homem também é cuidar, ouvir e sentir.
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