Conheça a anemia ferropriva, doença que atinge bebês de 0 a 24 meses
Por Marianna Perri, filha de Rita e José
Criança gordinha não é sinônimo de criança saudável, ao contrário do que diziam as nossas avós. E prova disso são as altas taxas de anemia ferropriva entre os pequenos.
A doença é caracterizada pela falta de ferro no sangue e pode se desenvolver sem que os pais percebam. Os principais sintomas da doença são palidez, fraqueza e fadiga. Em casos mais graves, as crianças apresentam fortes dores de cabeça.
A anemia pode prejudicar o crescimento e desenvolvimento mental dos pequenos, podendo até atrapalhar o rendimento escolar das crianças, pela incapacidade de fixar a atenção.
Preocupada com esta situação, a cidade de Ibirama, no Alto do Vale do Itajaí, promoveu uma campanha de conscientização contra a anemia ferropriva, que diminuiu os índices da doença de 70%, em 2003, para 7% neste ano.
O programa, comandado pelo pediatra Ronaldo Libório Magalhães, promoveu palestra para os pais, professores e funcionários de creches e escolas sobre o assunto, além de mudanças no cardápio escolar das crianças. A cidade ainda realiza um exame admissional nos Centros Educacionais Infantis (CEI), com hemograma completo e dosagem de ferro no sangue das crianças.
A maior incidência de anemia ferropriva acontece quando as crianças param de tomar o leite materno e passam a ingerir alimentos sólidos.
O ferro é responsável pela formação dos glóbulos vermelhos e pode ser encontrado nas carnes vermelhas, aves, peixes, feijão, lentilha, beterraba, grão-de-bico, couve, soja e outros grãos.
Consultoria: Janahyna Emerenciano, mãe de José, pediatra e hematologista do Hospital Infantil Sabará
Ronaldo Libório Magalhães, pai de Carolina, Camile, Marcelo, Renato e Luiz, pediatra e coordenador do projeto Fome Oculta