Em Goiânia, capital do estado de Goiás, as gêmeas siamesas de 3 anos que passaram por uma cirurgia de separação ainda se encontram em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad).
De acordo com um boletim médico dado na última segunda-feira, 16 de janeiro, as duas seguem com altas complicações, porém estão estáveis. Neste fim de semana, Valentina sofreu uma piora em seu estado de saúde e o caso chegou a ser dado como gravíssimo.

Enquanto isso, a irmã, Heloá, está se recuperando e já está passando pela retirada gradual dos sedativos, além de respirar com suporte mecânico. As gêmeas siamesas eram unidas pelo abdômen, bacia, fígado, intestinos delgado e grosso, genitálias e uma parte do tórax. O processo de separação ocorreu na última quarta-feira, 11, e teve aproximadamente 17 horas de duração.
O caso das gêmeas siamesas foi dado como um de alta complexidade. As irmãs são naturais de Guararema, cidade no interior paulista, porém moram com os pais, Fernando e Waldirene de Oliveira, em Morrinhos, no estado de Goiás, desde 2021. O motivo da mudança se deu graças ao fato da família querer ficar mais próxima de Goiânia para facilitar a realização dos procedimentos. Além disso, no último ano de 2022, elas já haviam passado por um procedimento cirúrgico que expande a pele, já que não tinham o suficiente para a separação. O fígado e os intestinos puderam ser divididos.

Enquanto Valentina passou por uma obstrução pulmonar grave (ou seja, a atelectasia), onde um de seus pulmões parou de funcionar, de acordo com o médico responsável pelo caso, Zacharias Calil, além de uma febre, Heloá também ficou febril e está com o quadro de saúde mais estável em comparação com o da irmã e se encontra recebendo medicamentos para o controle de sua pressão arterial. As siamesas estão se alimentando pelas veias.