Da união entre artes e esportes, surge um projeto educacional que dá certo há mais de 12 anos. Ele percorre o Brasil, passando uma comunidades e uma cidade diferente a cada mês. Do dia 24 ao 27 de outubro, a iniciativa das Caravanas das Artes e do Esporte tomaram conta da comunidade Boca do Rio, promovendo muita música, dança, atividades esportivas e exibições de filmes. Desta vez, Salvador, que já havia acolhido o projeto anteriormente, foi novamente a cidade sede. E quer um resumo do que sentimos? Energia muito boa e muitas pessoas envolvidas por um mesmo ideal.
O coordenador do projeto, Alexandre Arena afirma que fez uma escolha na vida: “eu queria contar as histórias que eu vivi e não aquelas que eu li nos livros. E a Caravana me deu uma super oportunidade para isso”. Ele acrescenta que o segredo de dar certo está na pedagogia e a forma como o projeto é pensada. “O fundamental disso tudo é que as crianças tenham experiências positivas. Elas podem e aprendem muito se movimentando”. Para trabalhar isso, as redes são mais baixas, as raquetes são mais leves, assim como as bolas. Tudo adaptado para a idade das crianças.
Arte é um direito
Belén Urbaneja, diretora de Cidadania Corporativa da Disney, responsável pelo selo Inspire-se, realizador da Caravana, falou um pouco sobre o apoio da Disney no projeto. “É uma oportunidade para inspirar muitas crianças e famílias para promover hábitos de vida saudável, cuidado com o meio ambiente, fortalecer as comunidades e incentivar a criatividade na educação”, explica Belén sobre a parceria que tem dado supercerto.
O apoio da Disney não para por aí! Os personagens Mickey e Pateta também participam da festa, assim como os atores do canal DisneyChannel. Vini Campos, pai de Milagros, Alfredo e Pablo e apresentador do Playhouse Disney, é um deles e, muito satisfeito com a experiência, acrescenta que “a formação dos alunos pode vir de um jeito mais lúdico do que necessariamente com uma lousa e um papel na mão”.
Heloísa Leone, mãe de Marcelo e Lorena e avó de Luiza, Maria Esperanza, Maria Ester, é professora de música e ajuda nas atividades do projeto. “Professores devem ter um olhar mais artístico, mais sensível”, afirma ela. E para isso, existe uma formação para os professores de arte da cidade. Rolam várias aulas e exercícios com os voluntários da Caravana.
Sobre a importância do brincar
Helena Oliveira, filha de Magnólia e Luís Carlos e coordenadora do Unicef (SE/BA), afirma que “brincar é um direito, é uma linguagem, é um momento, espaço para a criança se desenvolver”. Esse é o segredo por trás das Caravanas, que dão muita importância ao brincar livre como aprendizado e forma de desenvolvimento.
E as crianças adoram mesmo. Dava para ver o sorriso de Evelyn de longe! Com 10 anos e filha de Mônica e Adilson, a menina estava curtindo muito e não titubeou ao afirmar que o que mais tinha gostado era da corda-bamba. “Eu nunca tinha feita nada parecido. Agora, a gente tem a oportunidade”, comenta ela.
A professora Luana da Silva, filha de Girlene e Nativan, que acompanhava seus alunos no dia de projeto, comentou que as crianças estavam muito ansiosas. “Muitos não dormiram, chegaram uma hora antes de abrir os portões e ficaram muito entusiasmados com a possibilidade de participarem do projeto”, divide com a gente a professora.
A própria escolha do local é feita pela Unicef, que tem como critério comunidades com baixo IDH. E o mais interessante é que o programa se adapta à comunidade que o recebe. Em outras palavras, as brincadeiras e atividades artísticas se combinam com a cultura local. Isso ajuda as crianças a se envolverem mais com a iniciativa!
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