Narla Raiany de Oliveira do Amaral Silva, mãe de Bela, fez um relato após a filha ter enfrentado a Síndrome de Kawasaki, doença que tem sido relacionada ao novo coronavírus em crianças. A menina, de apenas dois anos, deixou os pais desesperados quando apresentou os primeiros sintomas no dia 19 de abril.
A família, que mora em Águas Claras, achou que Bela podia estar tendo alguma reação à vacina contra influenza, pois havia tomado no dia anterior. Quando começou a apresentar febre, a bebê foi levada ao pronto-socorro e foi medicada.
Quando voltou para casa, a menina teve diversas manchas vermelhas pelo corpo. Carolina Arantes a pediatra de confiança da família, trocou os remédios e suspeitou de que poderia ser alguma alergia. Pela surpresa dela e também dos pais, o caso não teve melhora e só piorou.
“As manchas passaram a ser muito maiores. E, nesse tempo, a febre não cedia. Os olhos começaram a ficar inchados, a boca vermelha, ela começou a sentir dor no corpo todo”, explicou a mãe ao Metrópoles. No dia 24 de abril, mesmo com todos os tratamentos, Carolina fechou o diagnóstico da menina e pediu que os pais fossem imediatamente ao pronto-socorro do Hospital Santa Luzia. “Já era o segundo remédio e não dava efeito. Outros sintomas apareceram, comecei a suspeitar que pudesse ser a síndrome de Kawasaki”.
No dia em que foi ao hospital, Bela já estava com a maioria dos sintomas da doença: febre persistente, manchas no corpo, íngua na região do pescoço e lábios vermelhos e inchados. “Nesse período, a Bela estava com tantos sintomas que, se abrisse a boquinha dela, já saia sangue”, desabafou a mãe.
Poucos dias depois, começou a se relacionar no Reino Unido o coronavírus com a Síndrome de Kawasaki em crianças. Os pais da menina realizaram testes para a doença, mas testaram positivo, assim como a menina. Existe a hipótese da vacina ter desencadeado a reação no corpo e ainda de um falso negativo: ““A Kawasaki é uma resposta inflamatória exacerbada, ela acontece em reação a uma infecção viral geralmente”, explicou a pediatra.
Tomando anti-coagulantes em casa, ela está em repouso e os pais estão tentando cancelar a matrícula da menina da escola: “A Bela pode brincar, porque está com o sistema cardiovascular bem, mas tem que ter cuidado porque não pode se machucar. É bom ficar distante de outras crianças.”, concluiu.
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