Heloísa foi diagnosticada com Leucemia Mielomonocítica Juvenil (LMJ) quando tinha apenas 10 meses de idade. A partir de então, a menina vem fazendo o tratamento a espera de um transplante de medula óssea para que ela se cure o mais rápido possível.
Assim, ano passado ela finalmente recebeu o transplante que tanto espera. A nova medula que recebeu é rica em células chamadas progenitoras, que uma vez na corrente sanguínea, circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem.
“Vamos voltar com a Helô curada, graças a Deus! Ele fez o milagre na vida dela. Ela venceu! “, comemorou a mãe, Sabrina Fermino Espíndola.
Helô ficou internada no Hospital de Câncer de Barretos, em Barretos, São Paulo. De acordo com a mãe da menina, Heloísa voltará para Barretos a cada 4 meses para acompanhamento médico. A família é de Tubarão, em Santa Catarina.
Saiba mais sobre a leucemia
Desde o diagnóstico da leucemia até o tratamento, a parceria entre família e especialista é essencial para obter sucesso. “Com os avanços da medicina a chance de cura da Leucemia já chega a 80% dos casos”, explica Dra. Viviane Sonaglio, CRM 102203, oncologista pediátrica, mãe de Ana Luíza e Enrico. A especialistas respondeu nossas principais perguntas sobre o assunto.
O que é?
Leucemia é um câncer no sangue gerado por alteração genética, um erro de DNA nas células que nascem na medula óssea. Há um aumento exagerado na produção das células que entram na corrente sanguínea,e assim a criança desenvolve a doença. Esse é o tipo de tumor mais frequente entre crianças e adolescentes, mas nenhuma pesquisa ainda comprovou a causa da patologia.
A criança com leucemia pode ter uma vida normal?
O primeiro passo para a criança ter uma vida normal é não esconder o que está acontecendo. É claro que a explicação deve ser feita na linguagem dela, mas quando eles entendem a situação fica mais fácil na hora de seguir as instruções do especialista. O segundo passo é ter um bom relacionamento com o médico. Ele deve acompanhar de perto o caso, fazer parte da família mesmo. Terceiro passo: a criança não pode ser isolada do mundo. O oncologista pediatra poderá aconselhar qual o melhor momento de tomar cuidados para evitar infecções e quando a criança estará “mais livre” para interagir.
Quais os tipos de leucemia?
Nós temos a Aguda e Crônica. A mais frequente é a Aguda, ela se divide em dois tipos: Leucemia Linfoide Aguda (LLA) e Leucemia Mieloide Aguda (LMA). Para saber qual a criança possui é necessário passar pelo miolograma, um exame de punção da medula óssea, somente com a coleta desse material é possível fazer um diagnóstico preciso.
Como funciona o tratamento?
Independentemente do tipo de leucemia a quimioterapia quimioterapia é necessária. Dividimos em três fases: indução, consolidação e reindução. Essa fase inicial do tratamento funciona como uma investida para fazer a leucemia recuar e costuma durar aproximadamente seis meses. Depois disso entramos em manutenção, uma quimioterapia oral que dura mais ou menos um ano e meio. Ao todo o tratamento, na maior parte dos casos, dura em torno de dois anos.
Diretora médica responsável: Dra. Christina R. C. De Paola (CRM 66041)
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