Infelizmente, com apenas 2 anos, João Miguel morreu nesta quinta-feira, 17 de outubro. A criança lutava contra a Amiotrofia Muscular Espinhal, a qual é uma doença rara que atinge a coluna vertebral. O caso de João ficou famoso, após o seu pai roubar o dinheiro arrecadado de doações para o tratamento do filho.
Por ser uma doença degenerativa, João Miguel precisava tomar o medicamento Spinraza, cuja caixa custa cerca de R$ 375 mil. No fim de agosto, o governo forneceu a primeira dose da medicação ao garoto, depois que a família conseguiu uma liminar da justiça.
Os moradores de Conselheiro Lafaiete, cidade de Minas Gerais, se comoveram com a situação da família e arrecadaram dinheiro suficiente para que os pais de Joao pudessem arcar com os valores do tratamento que o filho precisava. Em menos de 12 meses, eles conquistaram mais de R$ 1 milhão, porém o valor foi bloqueado pela justiça após fuga do pai com uma parte das doações.
Relembre o caso
Mateus Henrique Leroy Alves, de 37 anos, é pai de João Miguel, de 1 ano e sete meses, que tem atrofia muscular espinhal (AME) e recebeu mais de R$1 milhão doado em uma campanha feita para o tratamento da doença. Porém o dinheiro que seria usado para o medicamento do filho era esbanjado pelo pai que foi acusado de usar cerca de R$600 mil da campanha em passeios, perfumes caros, relógios e roupas de marca.
No último programado Fantástico (28), os investigadores descobriram que a vida de ostentação de Mateus começou em Minas Gerais. Durante nove dias de maio de 2019, o pai gastou mais de R$ 7 mil para se hospedar em um motel em BH, na suíte mais luxosa, junto com adega de vinho importados, frigobar e outros luxos.
Com autorização da Justiça, a PolíciaCivil gravou conversas por telefone entre Mateus e uma mulher que dizia que confiava no homem de olhos fechados e o defendia. O diálogo foi divulgado pelo Fantástico e até então os planos de Mateus em abrir uma casa de prostituição com o resto do dinheiro não deram certo. Na semana passada, ele foi preso no quarto onde estava hospedado em Salvador e levado para Minas Gerais, tudo por conta da mulher, Karine Rodrigues, a responsável pela denúncia que considerou suspeita a atitude e pediu bloqueio judicial das contas.
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