Criança

Obesidade infantil no Brasil: panorama, prevenção, sinais e tratamento

(Foto: iStock)

Publicado em 12/07/2024, às 10h25 - Atualizado às 10h25 por Yulia Serra


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Uma em cada 7 crianças no Brasil é obesa, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A quantidade de crianças com sobrepeso ou obesidade no nosso país (14,2%) é cerca de 3 vezes maior do que a média global (5,6%). E as pesquisas apontam resultados ainda mais alarmantes na faixa etária dos adolescentes, em que 33% dos brasileiros apresentam a condição, enquanto a média mundial é de 18,2%. Obesidade não é apenas comer em excesso, é um problema de saúde grave. Segundo uma projeção do Atlas Mundial da Obesidade 2024, 50% das crianças e adolescentes no Brasil podem ter sobrepeso ou obesidade em 2035. Como os dados apontam, a discussão sobre o assunto é urgente. 

Por isso, conversamos com o endocrinologista pediátrico do Hospital Santa Catarina - Paulista, Dr. Mario Roberto Hirschheimer sobre as causas, sinais, tratamento e prevenção contra obesidade para garantir a qualidade de vida do seu filho desde cedo. Obesidade, primeiro de tudo, é um distúrbio caracterizado pelo excesso de peso que pode desencadear outras doenças e complicações de saúde. Conforme o especialista apontou, além da predisposição genética, há outros fatores que contribuem com o quadro: “Maus hábitos alimentares, como consumo de alimentos ultraprocessados e horários irregulares das refeições; sedentarismo por falta de espaços para atividade física espontânea e tempo excessivo de uso de telas (smartphones, computador, televisão, tablets, etc.)”. 

Os números de obesidade infantil vem aumentando: saiba como prevenir a doença - (Foto: Getty Images)

 

Obesidade na infância 

O endocrinologista também listou fatores que predispõem à obesidade na infância, a exemplo da introdução precoce de alimentos (na transição do aleitamento materno exclusivo para a introdução alimentar), oferta de alimentos hiper calóricos, pobres em fibras ou ultraprocessados, omissão de refeições, reduzida prática de atividade física tanto no lazer quanto cotidiano, relacionamentos familiares disfuncionais, entre outros. 

Além do popularmente conhecido ganho excessivo de peso, existem outros sinais para ficar de olho que podem indicar a existência de obesidade, como alimentação excessiva, dores nos joelhos e quadril, respiração ofegante, rápido cansaço ao praticar atividade física e baixa autoestima. O Dr. Mario aponta que uma boa ferramenta para estimar a gordura corporal é o IMC (resultado da equação do peso dividido pelo quadrado da altura) e a circunferência abdominal, que oferece uma referência de resultado saudável “esperado” de acordo com idade e sexo. “Esses mecanismos permitem melhor avaliação e classificação nutricional”, acrescenta ele. 

A luta contra a obesidade

Uma vez que os pais detectam os sinais de obesidade nos filhos, é fundamental procurar e compartilhar com o médico pediatra de confiança, para corrigir os fatores que estão levando à condição. “Na abordagem da obesidade infantil é imprescindível a participação da família e de uma equipe multiprofissional no processo de reeducação alimentar e de hábitos de vida, promovendo um ambiente saudável, tanto domiciliar como escolar”, afirma o Dr. Mario ao informar que esta equipe inclui, por exemplo, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo e educador físico.

A obesidade infantil pode desencadear diversas outras doenças e prejudicar a qualidade de vida - (Foto: Shutterstock)

 

Porém, a melhor opção sempre é a prevenção! E nesse sentido, ela pode e deve começar junto do pré-natal. O especialista do Hospital Santa Catarina - Paulista orienta que as condições de nutrição intrauterina e o peso de nascimento podem influenciar no acúmulo de gordura na infância, principalmente, se somado a isso, durante os dois primeiros anos de vida do bebê houver uma alimentação proteico-calórica excessiva. “Crianças obesas frequentemente se tornam adolescentes e adultos obesos com consequentes riscos para a saúde”, alerta. Por isso, ele reforça a importância do acompanhamento médico desde a gestação que se estende com o nascimento da criança e desenvolvimento dela, visto que o diagnóstico precoce permite uma intervenção menos dolorosa e menos riscos de sequelas. 

A obesidade tem solução

“Devido ao crescimento acentuado de sua prevalência nas últimas décadas, a obesidade é considerada pela OMS uma epidemia global”, informa o médico e completa: “Os hábitos de vida contemporâneos, particularmente nas grandes metrópoles, têm propiciado um ambiente predisponente à obesidade, não só das crianças, mas em todas as faixas etárias”. Mas isso não é um dado para trazer pânico, mas justamente mostrar que pode ser contornado com medidas diferentes no nosso dia a dia. E claro, em caso dos sinais, com o auxílio de profissionais e instituições qualificadas. 

O Hospital Santa Catarina - Paulista é uma delas e conta com um Centro de Pediatria completo na estrutura e no cuidado seguro que as crianças precisam. Com atendimento humanizado, ambientação lúdica e equipe multidisciplinar especializada, o hospital é referência em pediatria e está entre os 5 melhores hospitais do Brasil e 200 melhores do mundo, de acordo com o ranking The World’s Best Hospitals/Newsweek.

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