Um pai que tem um filho com Down decidiu desenvolver uma rede de apoio inclusiva para pais. Tudo começou em 2018 quando o empresário Henri Zylberstajn e sua esposa, a psicóloga Marina foram informados pelos médicos que o filho iria nascer com a síndrome. Na epóca eles não sabiam muito como lidar com isso e estão desesperados.
Então o empresário começou a estudar mais sobre o assunto para saber como cuidar de Pedro. Ele decidiu dar um tempo em seu trabalho para se focar mais na família e acabou criando um Instagram para compartilhar na internet momentos com os filhos. Em uma série de publicações ele mostra o dia a dia do menino e como são as sessões de fisioterapia que ele precisa passar.
Henri também tem outros dois filhos a Nina, de 10 anos, e Lipe, de 7 anos que costumam aparecer junto com o irmão no Instagram @pepozylber que já possui mais de 178 mil seguidores. Após o sucesso da rede social, ele decidiu desenvolver um ONG chamada Serendipidade, para auxiliar pessoas que tenham deficiência intelectual.
“É o ato de fazer felizes descobertas ao acaso, como aconteceu quando o Pedro nasceu. Descobrimos que podíamos fazer mais do que fazíamos, conciliando o trabalho profissional com as atividades no terceiro setor, onde passei a ser um voluntário”, disse o pai em entrevista ao ”Estadão”.
A instituição sem fins lucrativos possui diversos projetos como o ‘Laços’, que ajuda famílias que acabaram de receber o diagnóstico de Down e o ‘Programa de Iniciação Esportiva’ desenvolvido para apoiar crianças de baixa renda.’O Envelhecimento Saudável’ para dar um suporte na vida de idosos com deficiência intelectual atendidos no Instituto Apoie.O projeto Serendipidade também produziu junto com o clube infantil,Leiturinha, um livro sobre pessoas com deficiência intelectual chamado “Joca e Dado: Uma Amizade Diferente”.
Henri também cofundador da ”Escola de Impacto” que incentiva jovens a terem um protagonismo e o empreendedorismo socioambiental. “Hoje, minha expectativa é de que o futuro do Pedro seja igual ao da Nina e do Lipe, que ele possa fazer tudo aquilo que ele queira fazer. Sonho com uma sociedade que atribua o mesmo valor a todas as pessoas”, comentou o pai.