Uma hora parece pouco se comparada às 24 horas que temos disponíveis no dia. Mas não se engane: ela faz uma diferença enorme! No domingo, dia 16 de outubro, dez estados brasileiros sintonizaram os ponteiros do relógio no horário de verão, adiantando-os em uma hora. Como prova do impacto, é completamente normal passar o dia seguinte à mudança bocejando, com sono, com preguiça e de mau humor.
Sabemos que o sono é muito importante para o bom funcionamento do organismo e para o nosso metabolismo, ainda mais se estivermos falando sobre o desenvolvimento infantil. Por isso, dormir e acordar bem é coisa séria! Se ocorrem alterações nos adultos, já parou para pensar o que essa mudança pode causar no sono das crianças?
Mas Rosana Cardoso Alves, filha de Antonio Alves e Conceição Alves e neurologista infantil da Associação Brasileira do Sono, tranquiliza que não existem muitas diferenças dos efeitos no corpo de acordo com a idade, sendo que as crianças podem, até mesmo, adaptarem-se com mais facilidade. De qualquer forma, é comum diminuir a atenção, atrapalhar a concentração e a memória. No entanto, são efeitos transitórios que devem passar depois do segundo dia.
As crianças que dormem pouco ou que têm algum distúrbio do sono são as mais prejudicadas. “Além de afetar a secreção hormonal, pode atingir o desenvolvimento físico e neurológico da criança, pois prejudica o mecanismo de atenção. Sendo assim, separamos algumas dicas para que a transição aconteça da forma mais natural possível.
Dicas para os pais
É importante enfatizar que para os bebês e as crianças ter rotina é tudo, desde dormir, comer, fazer as atividades, até acordar. Partindo dessa ideia, “o ideal é começar a mudança no dia anterior ao início do horário de verão. Então, a criança deve ir para cama uma hora antes”, aconselha Rosana. Como o horário de verão deste ano já começou, guarde a dica para os próximos anos!
A especialista ainda alerta para o elemento da luz, tanto no quarto quanto nas tela tecnológicas. De manhã cedo, a exposição à luz solar facilita a transição, demarcando o ritmo biológico. Além disso, nada de atividades muito intensas ou relacionadas à tecnologia próximas ao horário de dormir. Isso tudo pode atrapalhar o sono.
Vale ficar de olho também na quantidade mínima de horas de sono que cada criança precisa ter. “Quanto menor a criança, o tempo total de sono é maior. De uma forma geral, é de no mínimo 10 horas”, informa a neurologista infantil.
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