Publicado em 01/10/2020, às 07h53 - Atualizado em 16/10/2020, às 11h22 por Camila Montino
Uma mãe contou sobre a agonia depois que o filho de cinco anos morreu, apenas nove meses depois que os médicos consideraram o câncer cerebral como uma gripe e o mandaram repetidas vezes para casa com com um remédio para baixar a febre. O menino Aiden Stead-Homans morreu nos braços da mãe, Deb Stead, em 13 de setembro, após uma batalha dolorosa contra a doença.
Mesmo que Aiden tenha começado a fazer quimioterapia, os médicos descobriram um outro tumor cerebral que não haviam percebido e, depois disso, ele teve apenas dois dias de vida. Tudo começou após o menino pisar em um carrinho de brinquedo na casa da avó, em janeiro deste ano. Depois disso, ele começou a mancar e o joelho inchou. Logo a mãe, de West Midlands, na Inglaterra, o levou ao médico. Lá, os médicos atribuíram o problema a uma gripe e o mandaram para casa com antibiótico.
Mesmo com medicamentos o inchaço persistiu e da família voltou ao médico. Dessa vez, receitaram-lhe paracetamol e ibuprofeno. Apenas uma terceira ida ao hospital levou os médicos a fazerem um raio-X, pois temiam que ele tivesse uma fratura. Mas nada foi encontrado. Eventualmente – quando os sintomas do menino persistiram – Aiden fez diversos exames e descobriu que ele tinha quatro tumores. Um deles na perna, que havia começado a se espalhar.
Rapidamente, Aiden iniciou a quimioterapia. “Ele foi muito corajoso e inspirador”, disse a mãe, em entrevista ao MailOnline. “É obviamente uma coisa horrível de se passar, mas ele era um soldadinho tão corajoso, ainda estava sorrindo e feliz, apesar de tudo. Não houve um dia em que ele não sorriu”, lembra.
Mas alguns meses depois, quando o garoto estava tendo dores de cabeça e “com sono o tempo todo”, os médicos examinaram o cérebro e descobriram um tumor que os médicos não haviam percebido. A mãe conta que sentiu seu “mundo desabar” quando lhe disseram que o diagnóstico era terminal.
“Eles fizeram novos exames e encontraram um tumor em seu cérebro que não haviam percebido antes. Eles nunca olharam seu cérebro, eles fizeram exames apenas dos ombros para abaixo, por isso não perceberam. Então, eles disseram que era terminal e eu senti meu mundo desabar. Perguntei quanto tempo Aiden tinha e disseram que ele tinha dois dias de vida. Eu esperava alguns meses, pelo menos. Foi horrível, minha cabeça girava e tive que sair da sala. Ele foi transferido para um quarto privado para que toda a família pudesse dizer adeus”, conta.
A mãe, ainda relata como foi os últimos momentos com o filho. “Ele não entendeu realmente o que estava acontecendo e eu disse que ele voltaria para casa em dez segundos. Contei até dez e, quando cheguei lá, ele deu o último suspiro. Eu só quero aumentar a consciência sobre o que aconteceu com Aiden para que nenhuma mãe tenha que passar pelo que eu passei. Talvez tivesse sido diferente se os médicos tivessem reconhecido seus sintomas antes”, finalizou.
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