A paralisia cerebral é causada por uma lesão no cérebro, que pode acontecer desde antes do nascimento até os 2 anos de idade, fase do desenvolvimento do sistema nervoso central. Essa lesão não se desenvolve e nem desaparece, ela é classificada como estacionária e não permite que a criança desenvolva os ossos e músculos de maneira correta.
A doença afeta aspectos motores, da fala e do comportamento. Entretanto, quando diagnosticada cedo, a criança pode ter uma vida considerada normal, com independência, através dos múltiplos tratamentos disponíveis. Alguns deles são o uso de medicamentos, fisioterapia, terapia ocupacional e equoterapia.
Como cada caso tem sua especifidade, os pais devem seguir as indicações médicas sempre, tanto nos tratamentos como nos cuidados diários. O mais importante, contudo, é que os pais aprendam que todas as crianças tem suas habilidades e limitações, que devem ser valorizadas e melhoradas, nessa ordem.
Priscila Dutra, nossa embaixadora, é mãe de Lorenzo, de 9 anos, que tem paralisia cerebral: “Desde o início lutamos para oferecer o melhor para o desenvolvimento do Lorenzo, sei que por mais que estimulemos, a lesão está lá, então não penso que ele deve andar, sentar, falar, mas sim, que ele tenha sempre estímulos corretos, que o conduzam para o melhor dentro das limitações dele, e, principalmente, que ele seja muito feliz”, compreender tudo isso é um dos passos essenciais para uma vida mais segura tanto para a criança como para os pais.
Um aspecto importantíssimo de ser lembrado é que a superproteção pode prejudicar seu filho, por isso, tente estimular a criança para ajudar seu desenvolvimento e crescimento. Professores, irmãos, amigos e familiares são muito importantes para que os tratamentos surjam efeito, já que não basta trabalhar somente nas atividades motoras, convívio social é essencial para qualquer criança.
Não é fácil para um pai ou uma mãe receber a notícia de que seu filho vai conviver com isso a vida toda. Quando o Lorenzo nasceu, não foi diferente. “Eu não podia fazer nada a não ser rezar e pedir ajuda à Deus. Todos os dias antes de entrar na UTI, eu rezava e dava o meu máximo para deixar de fora todo o meu sofrimento, queria estar bem para estar perto dele. Nem sempre eu conseguia, mas eu tinha esse compromisso”, conta Priscila. A força, o amor e a dedicação do pais são essenciais a todas as crianças.
Consultoria: Dr. Samuel Ignácio Pascual, pai de Marina e Clara, membro da Associação Internacional de Neurologia Infantil