Meus filhos estão em fase de adaptação escolar. Estão se adaptando bem, na medida do possível. Um dia choram quando eu saio, noutros não. Sempre estão sorrindo quando eu os busco. Do meu lado, meu coração está tranquilo. Confio na escola que escolhi e, por isso, me sinto bem. Compreendo que esta não é uma fase muito fácil para nós, mães e pais. Por isso, gostaria de dividir com vocês, no texto de hoje, o que me ajuda a passar por isso de uma forma mais leve (no texto da semana que vem vou te contar o que faço para ser mais leve para as crianças).
Tenho como filosofia de vida o mantra Hooponopono (método de cura havaiano): “confio, entrego, aceito, agradeço”. Confio nas minhas escolhas porque as faço de forma consciente e mediante uma postura criativa. Trabalho com criatividade e acredito que isto não se resume a uma habilidade, mas se expande para um mindset (modelo mental) ou um jeito de ver e viver a vida.
A postura criativa que defendo pressupõe agir conforme o processo criativo que já descrevi em outros textos dessa minha coluna. Trata de (na primeira etapa) tomar conhecimento do que tenho e do que não tenho, adquirir o que me for possível de novas experiências e informações. Em seguida (segunda etapa) associar estas informações à minha realidade, ao que me cabe, ao que me é capaz. Dessa associação de “ideias” nasce uma solução criativa. Que (na terceira etapa) pratico, vivencio. Depois, avalio (quarta etapa) para decidir se funciona ou não.
Decidir colocar as crianças na escola talvez não seja muito fácil. Mas se agimos com uma postura criativa entendemos que, mesmo não sendo o ideal, é o possível. A etapa de associar informações (ou ideias) requer necessariamente uma análise da realidade própria, que é específica em cada caso. Quer dizer que, na minha imaginação o ideal poderia ser outro, mas ao agir com postura criativa e me disponibilizar a associar conhecimentos à minha realidade, ACEITO que estou fazendo o que é o possível no momento e, por isso, CONFIO que isso é o melhor, agora – porque é impossível ser de outro jeito.
Da mesma forma acontece a escolha pela escola. Numa primeira etapa, busco as informações necessárias e conheço algumas escolas. Depois, necessariamente, associo o que encontrei à minha realidade, para então encontrar minha solução. Uma solução que me atende, face ao que me é possível neste momento. Por isso “confio, entrego, aceito, agradeço”.
Algumas vezes nossas escolhas, nossas soluções criativas (segundo este conceito que defendo) se aproximam do que consideramos o ideal, noutras não. Claro que será mais fácil sentir-se bem naquelas que são próximas ao ideal que imaginamos. Todavia, praticar a postura criativa (com atenção especial para a segunda etapa – que é o que a difere dos demais processos de escolhas) nos permitirá viver uma vida mais leve, mesmo quando o ideal nos parece tão distantes.
No meu perfil do Instagram (@biancasollero) você pode acompanhar os detalhes da adaptação dos meus filhos e outras dicas para educar com mais leveza e criatividade.
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