A gravidez psicológica, também conhecida como pseudociese, é uma condição que poucas pessoas acreditam na sua existência porque se passa na cabeça da mulher. No entanto, ela é muito real e não costuma ser controlável. Geralmente acontece em mulheres que já sofreram algum trauma na infância ou adolescência. Ela pode ser desencadeada na vida adulta por um sonho muito intenso de ser mãe ou falta de vontade e rejeição.
De acordo com a psicóloga Monica Machado, graduada em psicologia pela FMU e especialista em psicanálise e saúde pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, e mãe de Raphael Basile, 23 anos, e Luiza Basile, 19, é importante acreditar que a gravidez psicológica existe e se essa mulher estiver fazendo tratamento psicológico a psicanálise pode ajudar a entender a origem.
“Quando fizer sentido para a mulher e ela compreender o porquê, facilita a convivência com esse sentimento e ameniza o sofrimento. Se a paciente deseja muito ser mãe, é provável que a gravidez psicológica tenha surgido por não conseguir engravidar. Já não é o caso, o especialista precisa investigar a causa”, explica a psicóloga.
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O nosso psicológico gera sintomas no corpo por conta do estresse, desenvolvendo hormônios prolactina e o LH que ajudam a levar a essa condição. A barriga pode até crescer e se mexer – como se fosse o bebê chutando. A gravidez psicológica pode gerar enjoos, desejos alimentares, vômitos, menstruação atrasada, seios maiores tudo por causa do hormônio e da mente ter certeza da gestação. Além disso, a pessoa pode ficar deprimida. Esses sinais demoram no mínimo de 2 a 3 meses para desaparecer, durando às vezes até mesmo 9 meses como uma grávida normal.
“A gravidez psicológica só pode ser diagnosticada através de um médico. Ao primeiro sintoma, a mulher deve buscar uma confirmação efetiva do obstetra para descartar a gravidez de fato. Logo em seguida, esse médico a encaminha a um psiquiatra e psicólogo. O tratamento é feito, então, em conjunto com psicólogo, psiquiatra e obstetra“, comenta.
Às vezes pode dar um ‘falso positivo’ no exame de urina por causa dos hormônios – esses que dão a percepção de que ela está grávida. Imagina! A mulher entra em conflito com os sintomas do corpo e o exame de sangue dando um resultado negativo, gera um sentimento de depressão. O exame de sangue, que se chama beta HCG, dá negativo nessa mulher porque não existe um embrião.
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