A terceira temporada de Osmar, a Primeira Fatia do Pão de Forma chega trazendo ainda mais humor, criatividade e momentos que unem pais e filhos diante da tela.
Em entrevista exclusiva à Pais & Filhos, a criadora e diretora da série, Ale McHaddo, e o dublador Tadeu Mello contaram como a produção nasceu de ideias simples do dia a dia, como o personagem evoluiu ao longo dos anos e por que continua conquistando fãs de todas as idades.
“Quando eu desenhava o Osmar na carteira do colegial, jamais imaginava que ele chegaria tão longe“, lembra Ale, mostrando que a essência do personagem sempre foi ligada à vida cotidiana.
Além disso, a série consegue equilibrar humor, reflexões e situações que as crianças reconhecem, enquanto os pais encontram referências sutis que tornam a experiência ainda mais divertida.
Como surgiu Osmar e por que ele faz tanto sucesso?
A história do Osmar começou de maneira bem cotidiana. Ale McHaddo conta: “Eu tomava café da manhã e sentia culpa de não pegar a primeira fatia do pão. Pensei: e se essa fatia fosse uma pessoa? Como ela se sentiria?“.
Esse pensamento simples acabou se transformando em quadrinhos, curta-metragem e, posteriormente, na produção que todos conhecem.
Por outro lado, Ale destaca que o sucesso de Osmar está na capacidade de conectar diferentes gerações.
“Eu queria uma série que funcionasse para crianças e para pais ao mesmo tempo. Cada um entende a sua piada e isso cria momentos em família realmente especiais“, explica.
Assim, o desenho não é apenas entretenimento, mas também um convite à interação familiar.
Além disso, a repercussão internacional também contribuiu para o sucesso: a série ganhou um prêmio em Cannes, o que ajudou a chamar atenção de canais como TV Cultura e Globo, abrindo caminho para que mais públicos pudessem acompanhar o Osmar.
A evolução do personagem ao longo dos anos
Com o tempo, Osmar amadureceu, tanto na personalidade quanto na narrativa do desenho.
“O Osmar da terceira temporada está mais fofo, mais de bem com a vida. Ele se entendeu mais, tem equilíbrio emocional melhor. Mas continua otimista, mesmo nas situações complicadas“, revela Ale.
Tadeu Mello, que dá voz ao personagem, complementa: “Ela pediu para o Osmar ser mais amável, mais fofo, mas mantendo o registro do estresse. É como se ele tivesse aprendido a lidar melhor com os problemas, mas sem perder a essência.”
Assim, a evolução do personagem reflete não apenas o crescimento da série, mas também a maturidade das histórias, que agora abordam temas contemporâneos de forma leve, porém inteligente.
Ideias inusitadas que nasceram na sala de roteiro
Durante a terceira temporada, muitas ideias surgiram de forma espontânea na sala de roteiro.
Ale explica: “A ideia mais maluca foi ‘Deslize para cima’, sobre vício em telas e vídeos curtos. O Osmar passa o dedo, e o conteúdo muda. Ele fica perdido e não entende o que está acontecendo, refletindo a vida real das crianças hoje.”
Além disso, há episódios que exploram conceitos de multiverso. “O Osmar aparece em diferentes versões, de um boneco até um desenho inspirado em artista famoso. Filmamos até numa padaria. É muito divertido e inesperado“, comenta Ale.
Nesse sentido, o dublador do personagem reforça que essas ideias também desafiam a atuação: “Cada versão do Osmar exige uma interpretação diferente da voz. É como se eu tivesse que viver várias emoções ao mesmo tempo, mantendo a consistência do personagem.”
Humor familiar e ironia como ferramenta de reflexão
O grande diferencial de Osmar está na forma como o humor é usado para aproximar pais e filhos.
Segundo a criadora, “o legal da série é que ela cria momentos para conversar com as crianças. Por exemplo, no episódio do Trigotuber, os pais podem discutir fama digital com os filhos e rir juntos.”
Além disso, o desenho não tem aquele tom educativo tradicional, mas provoca reflexão.
“Mesmo que seja engraçado, o Osmar aborda coisas reais, como aceitação e comportamento online. Ele não dá lições de moral, mas abre espaço para o diálogo“, destaca o Tadeu.
Assim, o humor se torna uma ponte entre entretenimento e aprendizado, tornando Osmar uma ferramenta lúdica para discutir assuntos do cotidiano de forma leve.
A atuação vocal e a construção do personagem
Tadeu descreve o processo de dar voz ao Osmar como além de uma simples dublagem: “É atuação. Eu sigo a orientação da Ale, que conduz tudo com muito cuidado. Fecho os olhos e confio nela. O resultado final depende da emoção real que eu transmito.“
Além disso, Ale ressalta a importância da voz na construção do personagem: “A voz do Tadeu dá vida ao Osmar, mas a animação acompanha cada detalhe. É como se o personagem existisse de verdade e isso é mágico para quem assiste.”
Por outro lado, o dublador explica que sua interpretação muda de acordo com a cena: “Mesmo mudando o tom, a essência do Osmar permanece. Ele pode estar estressado, mas continua sendo fofo e otimista.”
Detalhes do cotidiano transformados em criatividade
O cotidiano é fonte inesgotável de ideias para Osmar. “Debatemos o que um pão comeria, criamos bebidas como ‘trigo cola’ e ‘farelitos’. Esses detalhes dão identidade única à série“, revela Ale.
Além disso, essas pequenas criações ajudam a conectar a narrativa com a vida real. Tadeu acrescenta: “Essas ideias fazem diferença. Elas conectam o humor à realidade e criam uma narrativa que crianças e adultos conseguem acompanhar de formas diferentes, mas complementares.”
Assim, o charme do Osmar está justamente nessa atenção aos detalhes, que mistura fantasia, realidade e humor de forma inteligente.
Assuntos atuais tratados com leveza
A terceira temporada também aborda temas contemporâneos, como inteligência artificial, vício em telas e fama digital. “No episódio do chat de pão-trigo, Osmar usa IA para tudo e acaba se dando mal. É um jeito divertido de mostrar consequências sem parecer moralista“, conta Ale.
Além disso, Tadeu reforça que os episódios incentivam o diálogo: “Pais podem aproveitar essas histórias para conversar com os filhos sobre o mundo digital. A série faz rir, mas também provoca reflexão.”
Nesse sentido, Osmar se torna um espelho da vida moderna, mostrando à crianças desafios do dia a dia de forma compreensível e divertida.
O que esperar da terceira temporada de Osmar?
Os novos episódios prometem risadas, momentos de reflexão e discussões familiares sobre temas do cotidiano.
“É divertido, mas também abre espaço para falar sobre realidade, aceitação e comportamento. As crianças se divertem e os pais também aprendem“, finaliza Ale.
“O Osmar continua sendo único. Ele enfrenta problemas, supera, fica feliz e inspira. É um personagem que faz famílias se conectarem, rirem e refletirem juntas“, completa Tadeu.
Além disso, a série mantém seu compromisso com a qualidade e a criatividade, consolidando Osmar como referência no entretenimento infantil e familiar.
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