
Algumas crianças têm mais dificuldades de aprendizado em determinadas disciplinas na escola. Se o seu filho está passando por isso, não se desespere. Existem diversas formas de ajudá-lo e fazer com que o seu desempenho se recupere. O primeiro passo é buscar auxílio na escola. “Procure a coordenação pedagógica da escola e o professor do seu filho, verifique o problema, qual o fator principal da não compreensão dos temas e assuntos trabalhados em sala de aula”, orienta Joecimara Miquelino Alves, mãe de Amanda e psicopedagoga da Uniderp (Universidade Anhanguera).
De acordo com Marisa Ester Rossetto, mãe de Ana Beatriz, Lourenço e Ivan, psicopedagoga e diretora educacional do Colégio Marista Arquidiocesano, o baixo rendimento pode acontecer por diversos fatores, físicos e emocionais. “Quando a criança não escuta ou enxerga direito, por exemplo, ela não compreende o que está sendo ensinado e não consegue obter as notas desejadas”, explica.
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Descartados esses tipos de problemas de saúde (por meio de exames clínicos), outras opções são perdas ou separações familiares, mudanças, desconfortos na escola e até desorganização da família e do próprio aluno. “Às vezes, só o que falta é o apoio dos pais em casa na hora de arrumar o material para as aulas do dia seguinte”, completa Marisa.
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Quando recorrer ao reforço escolar?
Se a criança continuar com dificuldades ou se a escola não oferecer meios de recuperação, uma alternativa é procurar aulas particulares. “O reforço pode ajudar o aluno a dominar o assunto que não foi captado e nivelar seu conhecimento com o da turma”, indica Joecimara.
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Além das notas, o apoio escolar também é importante na construção da confiança dos pequenos. “A melhoria da autoestima da criança é um fator fundamental para uma vida harmônica e bem-sucedida no contexto escolar”, confirma Lucienne, mãe de Rafaelle, Guilherme e Gustavo e psicopedagoga consultora educacional da Rede Cristã e da Rede Pitágoras.
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De acordo com um estudo feito pelo Núcleo de ensino da Unesp (Universidade Estadual Paulista), (data) o uso de ferramentas tecnológicas educativas em sala de aula, melhora em até 32% o rendimento dos estudantes. A pesquisa, feita em 2013 com 400 estudantes do ensino médio de uma escola no interior de São Paulo, mostrou ainda que a produtividade dos alunos foi ainda melhor em matemática e física em comparação aos conteúdos trabalhados de forma expositiva em sala de aula.
De olho em dados como este, Rogério Gabriel, pai de Gabriel e formado em Ciência da Matemática e Computação, fundou, em 2012, o Ensina Mais, uma rede de apoio escolar com aulas interativas e cheias de recursos tecnológicos.
Um desses alunos é Roberta Fernandes, de 8 anos, filha Lucimar Fernandes. A mãe conta que a menina tinha dificuldades de aprendizagem e, por isso, recebeu até um diagnóstico precoce de problemas neurológicos da equipe da escola. “Me disseram que ela não sabia formar nem a palavra gato e fiquei desesperada”, relata.
Então, Lucimar procurou ajuda médica. Foi um ano e meio em busca de profissionais e fazendo todo o tipo de exame até que um neurologista garantiu que Roberta não tinha nenhum problema de saúde e que procurar aulas particulares seria uma boa solução. Com apenas seis meses de aula de português, a menina conseguiu melhorar as notas na escola em todas as matérias e passar de ano.