Meu ritual favorito de volta às aulas é colocar carinhosamente crachás em cada uma das mesas dos meus novos alunos. Penso em cada criança, como vou impactar na vida dela e como elas impactarão a minha. É a época do ano em que estou louca de ansiedade. Enquanto estou emocionada por conhecer meus novos alunos, estou igualmente nervosa por conhecer seus pais. Eu não estou sozinha nesse sentimento. Os professores que conheço consistentemente listam os alunos como a melhor parte de ser educador e os pais como a pior parte.
Não me interpretem mal. A grande maioria dos pais da minha turma são fantásticos, mas alguns pais arquétipos sempre aparecem na minha lista todos os anos e me dão arrepios. Permitam-me apresentar os 10 principais tipos de pais que todo professor odeia secretamente:
- Os pais do “queridinho especial”
Sim, seu filho é especial, mas todos os outros alunos da minha classe também. Não, seu filho não é especial o suficiente para não precisar fazer a lição de casa. Eu te entendo, também sou mãe e meus filhos são o meu mundo, mas os pais precisam ser fundamentados o suficiente para aceitar que as regras se aplicam a todas as crianças, até a deles. Esses são os mesmos pais que estão convencidos de que seu pequeno bem precioso não pode fazer nada errado – nunca.
- Os pais “mágicos”
Todos os pais querem que seus filhos se saiam melhor na escola, mas esses querem notas mais altas e melhores níveis de leitura sem precisar fazer nenhum trabalho extra. Enquanto explico a necessidade de ler juntos à noite, eles ainda estão procurando outra solução mais rápida.
- Os pais das reuniões
É um dia normal, depois das aulas, mas em vez de corrigir provas, fui chamada para o escritório do diretor. Estou revirando o cérebro para pensar no porquê. Aí descubro que é um problema com os pais de um aluno. Eles estão chateados com algo que aconteceu na minha sala de aula, mas pularam o passo de falar comigo e foram direto com o meu chefe. Além de ficar sem graça em ter que ir ao escritório do diretor, fico frustrada por uma conversa entre nós não ter sido a primeira opção.
- Os pais vigias
Esses pais têm clones ou sabem se teletransportar. Eles estão por toda parte e nunca parecem poder dar aos filhos um momento de privacidade.
- Os pai fantasmas
O nome destes pais estão na lista, mas não tem como saber se eles existem porque nunca aparecem. Isso me deixa um pouco nervosa porque uma boa licação com o filho pode trazer melhores resultados. Mais uma vez, entendo como é ser pais que trabalham, mas é importante pelo menos entrar em contato por telefone.
- Os pais sem limites
Se eu receber uma mensagem de texto às 23h, nem preciso verificar quem é. Eu sei que são aqueles pais sem limites “apenas checando” algo do dia seguinte. Toda vez que verifico meu e-mail, recebo uma mensagem – ou seis – desses pais.
- Os pais em custódia
Esses pais compartilham a custódia, mas brigam por todo o resto. Eles parecem estar em uma corrida para ver como eles podem parecer melhores enquanto fazem o outro parecer pior. Eles nunca estão na mesma página e é óbvio que a comunicação sobre o que está acontecendo na escola está falhando. Nesta disputa, a criança é sempre quem sai perdendo.
- Os pais chefes
Esses pais trazem um sentido comercial para a sala de aula e querem ter certeza de que meu lugar na hierarquia está em algum lugar abaixo deles. Eles não me veem como uma parceira, mas como uma empregada deles.
- Os pais que odeiam o professor
Não sei ao certo o que aconteceu no passado para fazer esses pais odiassem os professores, mas o ódio é real. Eles acreditam que a culpa de qualquer coisa é minha, sério.
- Os pais dramáticos
Se acontecer algum pequeno incidente na escola, esses pais irão tornar a situação fora da proporção e insistir nisso quantas vezes forem necessárias até que eles consigam o que querem.
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