Família

Nenhum bebê nasceu em 35 cidades de Pernambuco por mais de um ano

Reprodução/Freepik

Publicado em 12/12/2023, às 14h58 por João Vitor Marliére


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35 municípios do estado de Pernambuco, além do arquipélago de Fernando de Noronha, não registraram nascimentos no ano de 2021. Essa realidade é por conta da falta de estrutura para atendimento obstétrico e ginecológico em diversas cidades do estado, o que faz com que as gestantes tenham que viajar longas distâncias para ter seus bebês.

O estudo foi feito pelo Tesouro Nacional em parceria com o G1, que analisou 50% dos atendimentos realizados no Sistema Único de Saúde (SUS) em Pernambuco em 2021, ano onde os dados estão mais consolidados.

Pela falta de estrutura, mulheres tem que se deslocar para receber atendimento - Reprodução/Freepik

 

Uma moradora de Ingazeira, zona rural de Pernambuco, a agricultora familiar Erica Paloma, de 28 anos, teve que se dirigir a outra cidade para realizar os acompanhamentos de pré-natal e também o parto de sua filha Elisa, que nasceu no início do mês de novembro.

Por possuir um risco de trombose, viajava para a capital Recife pelo menos 1 vez ao mês para ser atendida. Com o passar da gravidez, diminuiu os intervalos das viagens para 15 dias. A viagem entre a cidade de Érica e a capital dura em média 6h30.


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Érica viajava mais de 6h para poder ter atendimentos na capital - Reprodução/G1

 

"Era sempre à noite, para chegar no Recife de manhã, para as consultas; e o retorno era no mesmo dia. Foi muito cansativo. Principalmente no final do pré-natal, foi bem incômodo para mim. Quando estava chegando perto do parto, a médica liberou para que eu tivesse minha filha aqui, em Afogados da Ingazeira (a 20 minutos de distância). Foi melhor, porque o meu marido pode acompanhar", disse ela em entrevista ao G1.

Os dados apontam que dos 52.835 atendimentos relacionados a procedimentos obstétricos e ginecológicos, 32.205 foram de mulheres que moram em Pernambuco e mais da metade, 50,25% precisaram se deslocar para outros municípios.

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Palavras-chave
Gestação Pernambuco falta de estrutura