O que faz você se sentir feliz? Um momento de carinho com quem ama, um dia de sol, uma boa risada ou até aquele chocolate irresistível? A felicidade pode até parecer um mistério, mas a ciência mostra que ela tem um componente químico poderoso dentro do nosso cérebro: os neurotransmissores da felicidade! No Dia Internacional da Felicidade, comemorado em 20 de março, vale a pena entender como nosso corpo funciona para proporcionar essa sensação tão desejada.
Quais são os neurotransmissores da felicidade?
A felicidade é um verdadeiro trabalho em equipe no nosso organismo! Quatro neurotransmissores desempenham papéis fundamentais nesse processo:
- Dopamina: Conhecida como o “neurotransmissor da recompensa”, é responsável pela motivação e pela sensação de prazer.
- Serotonina: Fundamental para o equilíbrio emocional, regula o humor e está ligada à sensação de bem-estar.
- Endorfina: Além de aliviar a dor, está associada ao prazer e é liberada principalmente durante atividades físicas.
- Ocitocina: Popularmente chamada de “hormônio do amor”, fortalece vínculos afetivos e promove a conexão interpessoal.
“A felicidade não é apenas um estado emocional subjetivo, ela é resultado de processos bioquímicos que acontecem no nosso cérebro”, explica o neurocientista Dr. Fabiano de Abreu Agrela.
Como estimular os hormônios da felicidade?
A boa notícia é que você pode estimular a produção desses neurotransmissores de forma natural. Veja como!
1. Alimente-se bem
Certos alimentos contribuem para a produção da serotonina, como ovos, leite, queijo, salmão e chocolate amargo. O triptofano, presente nesses alimentos, é um aminoácido essencial para a produção do neurotransmissor.
2. Movimente-se!
Exercícios físicos são um gatilho poderoso para a liberação de endorfina e dopamina. “A prática regular de atividades físicas é essencial para manter um equilíbrio entre corpo e mente”, destaca a neurocirurgiã Tatiana Vilasboas.
3. Aproveite a luz do sol
Tomar sol não só melhora o humor, como também contribui para a produção de serotonina. Alguns minutos de exposição diária podem fazer uma grande diferença no bem-estar.

4. Cultive bons relacionamentos
O contato físico e emocional com amigos e família estimula a produção de ocitocina, essencial para criar laços afetivos. “O que desejamos é que as crianças cresçam em um ambiente seguro emocionalmente. Por isso, o convívio familiar e o afeto são fundamentais”, ressalta a endocrinologista Andressa Heimbecher.
5. Pratique a gratidão e o voluntariado
Atos de gentileza e generosidade estimulam a liberação de dopamina e ocitocina, promovendo sensações duradouras de felicidade. Estudos mostram que ajudar os outros pode ser tão recompensador quanto receber ajuda.
O que acontece quando os hormônios da felicidade estão em baixa?
Quando há um desequilíbrio na produção desses neurotransmissores, podem surgir sintomas como:
- Depressão e oscilações de humor;
- Dificuldade para dormir;
- Falta de energia e desmotivação;
- Isolamento social;
- Problemas de memória e concentração.
Se esses sinais persistirem, é importante buscar orientação profissional para encontrar as melhores estratégias de equilíbrio emocional.
Felicidade é equilíbrio!
A felicidade não é um destino final, mas um conjunto de experiências que variam ao longo da vida. “A expressão popular de ser feliz está mais relacionada ao equilíbrio mental e físico, ou seja, à homeostase”, destaca o Dr. Fabiano. Cultivar bons hábitos e estar atento às necessidades do corpo e da mente é a melhor forma de garantir uma vida mais leve e feliz.