Amália Barros: deputada que m0rreu aos 39 anos estava tentando engravidar e ser mãe

Em um episódio que tocou profundamente o coração dos brasileiros, Amália Barros, conhecida deputada e defensora incansável dos direitos das pessoas com deficiência, morreu prematuramente. Internada no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, desde o dia 1º de maio, com o propósito inicial de tratar um nódulo no pâncreas - um passo essencial em seu sonho de maternidade -, a deputada enfrentou desafios que culminaram em sua triste partida no dia 11 de maio, véspera do Dia das Mães, aos 39 anos de idade.

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Casada há 13 anos com Thiago Boava, produtor rural, Amália compartilhava com o esposo o sonho de construir uma família. No entanto, a vida levou-os por um caminho doloroso e inesperado. Em uma tocante mensagem nas redes sociais, Boava expressou o vazio deixado pela perda: "Construímos uma casa onde nunca vamos morar. Sonhamos com filhos que nunca vamos ter. Sonhamos com muitas coisas juntos que não conseguimos realizar.Você mudou minha vida como eu sei que mudei a sua".

Após a descoberta do nódulo pancreático durante tratamento para engravidar, Barros submeteu-se a uma cirurgia para drenagem das vias biliares e uma subsequente radiointervenção. A complexidade dos procedimentos demandou sua transferência para a UTI, onde outra cirurgia foi necessária. A notícia de seu falecimento foi divulgada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, marcando profundamente todos que acompanhavam sua luta.

Além de sua batalha pessoal pela saúde e maternidade, Amália Barros destacou-se na Câmara dos Deputados como uma voz ativa na defesa da inclusão social. Aos 20 anos, ela enfrentou a perda da visão do olho esquerdo devido a uma infecção por toxoplasmose. Em 2016, após 15 cirurgias e a remoção do olho afetado, ela adotou um globo ocular protético.

O legado de Amália é imortalizado na "Lei Amália Barros", sancionada em março de 2021 pelo então presidente Bolsonaro. Essa legislação pioneira reconhece as pessoas com visão monocular como portadoras de deficiência, garantindo-lhes os mesmos direitos e benefícios previstos no Estatuto da Pessoa com Deficiência. Uma conquista histórica para a inclusão social no Brasil.