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Na última terça-feira, 23 de agosto, uma tragédia envolvendo duas crianças deixou todos abalados com a situação. Gustavo Corasini, de 12 anos, ator mirim na novela “Pantanal” da TV Globo, e o amigo Eduardo Delfino, de 13 anos, foram atropelados pela vizinha, que ao invés de dar a ré, acabou acelerando o carro e prensou as vítimas contra o portão de uma casa na Zona Leste de São Paulo. O artista quebrou um braço em duas regiões, uma perna e fraturou a bacia em três lugares, precisando passar por cirurgia, ficando internado para recuperação, porém, o amigo Eduardo Delfino não resistiu aos ferimentos e acabou falecendo.
Ao G1, a coordenadora da escola em que Eduardo estudava contou sobre a personalidade do garoto e o que gostava de fazer: “Eduardo era muito alegre, gostava de dançar, praticava jiu-jítsu gratuitamente”. Ela ainda conta que também conhecia a vítima porque a mãe dele trabalhava como diarista e relata o choque da mãe ao ter essa enorme perda: “Ela está abalada. O filho dela era muito bom, responsável: cuidava dos três irmãos mais novos enquanto a mãe dele saía para trabalhar”
Momentos antes do acidente, uma amiga dos dois garotos os gravou brincando e sorrindo pela Rua das Espumas. O atropelamento aconteceu no momento em que os bombeiros, que foram acionados para socorrer um pedreiro de uma obra da região que tinha caído e estava passando mal, pediram para uma das moradoras da rua tirar o carro do filho dela de onde estava estacionado, para desobstruir a passagem, e então, segundo a própria relatou à Polícia Militar momentos depois, ela confundiu os pedais já que o carro é automático.
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Nas redes sociais, a mãe de Gustavo C0rasini publicou uma homenagem ao melhor amigo do filho, Eduardo Delfino, que nunca se separava dele: “Foram tantos momentos felizes que passavam juntos, tantas brincadeiras, sorrisos, piadas e até brigas. Você foi um irmão pro Gustavo e um filho pra mim, me perturbava falando que era sua mãe. Sua missão aqui foi curta mas foi intensa, você viveu como gente grande, cheio de responsabilidades, mas era só um menino. Um menino feliz, brincalhão, zueiro e que não deixava ninguém em paz. Até o último role de vocês juntos pra curiar o que estava acontecendo foi fazendo farra. Eduardo que Deus o receba de braços abertos meu menino, meu cria como vc gostava de dizer. Por aqui vamos amparar sua mãe e seus irmãos, vá em paz sua missão foi cumprida com sucesso. Cuida dessa molecada aí de cima por favor. Nós te amamos e você vai fazer muita falta. Vamos continuar enfeitando nossa rua bem linda em sua homenagem.” escreveu Fernanda.
