Anderson Silva abriu o coração e lembrou de momentos dolorosos durante sessão de entrevistas para a coleta de informações para a própria biografia. Segundo Eduardo Ohata, que participou desses momentos, o chamado “dia de fúria” de Anderson aconteceu num fim de tarde em São Paulo e um dos temas abordados foi a morte da segunda filha do lutador.
Segundo informações do jornalista para a UOL, a menina, chamada Keiry, morreu ainda recém-nascida e Anderson desabafou assim que a roda de entrevistas acabou. “Eu fiz tudo o que podia, tudo o que estava ao meu alcance, para salvar minha filha, mas não tinha dinheiro para levá-la para um hospital caro. Não sei se teria mudado algo, se ela teria sobrevivido, mas ela morreu… Eu fiz o que podia, mas ela morreu…”, ele disse, emocionado.

A história em si de como tudo aconteceu, não foi esclarecida, e provavelmente estará no livro da biografia do lutador de UFC agora aposentado. Pai de outros cinco filhos, Anderson claramente “assumiu a culpa” pela perda de Keiry, e essa questão martela na cabeça dele há anos. “Se minha condição financeira fosse um pouco melhor, eu poderia ter feito alguma coisa? Ela poderia ter sobrevivido?”, ele se questiona.
Anderson ainda é pai de Kalyl, Gabriel, João Vitor, Kaory e Kauana, frutos de seu casamento com Dayane Silva. Em uma foto da família completa publicada por uma das filhas do lutador, Kaory, a adolescente usa uma hashtag com o nome da irmã que morreu ainda bebê, Keiry, com emoji de anjo ao lado.

Aposentadoria do UFC
Após 22 anos de carreira, Anderson Silva participou do que pode ser sua última luta na noite deste sábado, 31 de outubro. Aos 45 anos, ele acumula 34 vitórias e 11 derrotas. Apesar de ser tratada como a despedida de Spider do UFC, ele deixou em aberto a possibilidade de voltar a entrar no octógono. “Hoje foi meu último show e fico feliz que tenha mostrado isso para a família. Mas não sei. Vou voltar pra casa e conversar com meu time. Vamos ver”, disse.
