Mais um possível crime pode entrar na lista das acusações do anestesista Andres Eduardo Oñate Carrillo, aos 32 anos, o profissional responde pelo crime de estupro de vulnerável e tem aberta uma investigação de armazenar pornografia infantil.
Na terça-feira, 17 de janeiro, a polícia que investiga o caso recebeu mais uma possível acusação. O pai de um paciente, uma bebê de 1 ano e 10 meses, fez um depoimento por conta de suspeitas da bebê ser uma possível vítima de Andres. O caso trata- se de um paciente oncológico que passou pelo Hospital Quinta D’Or.
O pai da bebê procurou o delegado do caso, Luiz Henrique Marques da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) . Ele contou que o atendimento foi feito por Andreas no dia 23 de dezembro de 2022, ele alegou que a bebê foi internada para a realização de um exame de ressonância magnética, mas o procedimento neste caso era necessário que houvesse a intubação da paciente.

Ao portal O Globo, o Hospital Quinta D’Or explicou: “O referido médico não faz parte de seus quadros funcionais e que o seu cadastro como médico assistente está suspenso”. Além disso, foi reforçado que: “Uma sindicância foi aberta para apurar o procedimento e as imagens das câmeras do circuito interno de TV que estão à disposição das autoridades”, disse o Hospital em nota. Apesar disso, não foi fornecido pelo hospital a informação de quanto tempo o anestesista estava exercendo a profissão no local e a quantidade de cirurgias e procedimentos que ele teria participado.
O que despertou a atenção da polícia foi a conduta duvidosa do anestesista já que o procedimento estava marcado para às 22h daquele dia, mas Andreas foi ao quarto do paciente nove horas antes alegando que iria iniciar um procedimento necessário.
Além disso, o pai fez outra alegação importante para o caso: “Minutos antes do procedimento, o anestesista disse aos pais da menina que eles deveriam sair da sala no momento em que a criança fosse anestesiada e que poderiam entrar depois para acompanhá-la. Ele demorou cerca de 20 a 30 minutos para anestesiar e entubar”, contou o pai no depoimento.

O pai também contou que a filha recebeu várias visitas de Andres, quando levada para a sala de radiologia a bebê retornou apenas às 23h com apenas uma camisola hospitalar. O pai da bebê disse que quando o anestesista entrou na sala para iniciar o processo de sedação,ele estava com um celular no bolso do jaleco e acompanhado de uma enfermeira, mas a mesma saiu para pegar equipamentos o que fez com que Andres e a menina ficassem sozinhos na sala.
No depoimento que O Globo teve acesso o pai disse: “Ao ver o médico que atendeu sua filha sendo preso, ficou com muito medo de algo ter acontecido com ela durante a anestesia”.
Após ouvir o depoimento, o delegado Henrique Luiz revelou que um ofício foi direcionado ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) para apurar se o médico colombiano, que atualmente está preso em Benfica, tinha licença para atuar como anestesista.








