A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira, 24 de julho, o registro da vacina bivalente contra Covid-19 da Pfizer para crianças a partir de 5 anos. Até então, o imunizante, que protege contra a variante Ômicron do vírus, só estava disponível no país para pessoas com mais de 12 anos e com comorbidade.
A vacina é indicada como dose de reforço, ou seja, só pode ser aplicada em quem já se vacinou contra a doença (com uma ou duas doses, dependendo da vacina), com aplicação pelo menos três meses após a última dose tomada. O imunizante bivalente foi desenvolvido pela Pfizer e expande a proteção contra a variante Ômicron da Covid, que passou a ser transmitida em 2021. As doses originais das vacinas, embora eficazes para prevenir quadros piores, não são tão potentes contra as novas versões do vírus.
A vacina já estava sendo utilizada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde de forma emergencial. Até então, a aplicação da bivalente era indicada no Brasil para:
- Pessoas com mais de 18 anos;
- Gestantes e puérperas;
- Pacientes imunocomprometidos a partir de 12 anos;
- Pessoas com deficiência a partir de 12 anos;
- Pessoas com comorbidades a partir de 12 anos;
- Pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP);
- Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
- Trabalhadores e trabalhadoras da saúde;
- Pessoas privadas de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas.
As vacinas utilizadas desde 2021 são chamadas de monovalentes, pois foram feitas com apenas uma versão do coronavírus – a que foi identificada ainda no final de 2019. No entanto, como o Sars-CoV-2 evoluiu com o passar dos anos, as novas formulações são baseadas em duas versões do vírus, metade com a mesma das doses anteriores, e a outra metade com material da Ômicron.
Treze capitais suspendem aplicação da vacina em crianças por falta de doses
As capitais: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Salvador (BA), Teresina (PI) e Vitória (ES), não estão aplicando a vacina contra o coronavírus para alguma das faixa etárias infantil – ou para todas elas, por que estão faltando doses. As informações são do portal UOL.
Segundo o Ministério da Saúde, novos lotes da vacina foram enviados para os estados na última segunda-feira, 16 de janeiro. No entanto, 7 dos 13 municípios não responderam a UOL sobre a situação. Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT) disseram que a vacina está disponível em alguns postos. Já, o Distrito Federal (DF), Maceió (AL) e Rio de Janeiro (RJ), as aplicações das doses estão regularizadas.
Até o final do mês, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, disse que estavam tentando negociar mais doses da Pfizer e estão sendo esperadas, ao menos, 3,2 milhões de doses para crianças de 6 meses a 4 anos e 4,5 milhões de doses para crianças de 5 a 11 anos.