A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta terça-feira, 20 de abril, o uso emergencial de um medicamento contra a covid-19. O coquetel que foi aprovado é uma combinação casirivimabe e imdevimabe (Regn-CoV2), ambos criados pela farmacêutica Roche. O medicamento é o segundo aprovado pela Anvisa, o primeiro foi o remdesivir.

A aplicação do coquetel é intravenosa e a venda não será permitida, ou seja, o uso será restrito aos hospitais. Aconselha-se que os médicos iniciem com o uso das medicações no início da doença. “Esses produtos são o que a gente chama de anticorpos monoclonais. A ideia dessa proposta é neutralizar o vírus para que ele não se propague nas células infectadas e assim controlar a doença”, explicou o gerente geral de medicamentos e produtos biológicos, Gustavo Mendes, ao G1.
O tratamento foi indicado pela Anvisa para uso adulto e pediátrico, a partir dos 12 anos e desde que pese mais de 40kg. Os pacientes que receberão o medicamento serão aqueles que não precisaram de suplementação de oxigênio e que apresentam um grande risco para evolução de um quadro grave de covid-19. O medicamento não é recomendado para os casos graves da doença.
“Anticorpos monoclonais como casirivimabe e imdevimabe podem estar associados a piora nos desfechos clínicos quando administrados em pacientes hospitalizados com Covid-19 que necessitam de suplementação de oxigênio de alto fluxo ou ventilação mecânica”, alertou a Agência.
Além do Brasil, esse coquetel de medicamentos já foi aprovado em outros países como Estados Unidos, Canadá, Suíça e teve recomendação de uso pela agência europeia de medicamentos (EMA).