A atriz Carolinie Figueiredo fez um desabafo nas redes sociais para criticar os elogios que Neymar tem recebido por ter viajado ao Brasil para ver a filha após o nascimento. Na visão dela, o jogador “fez o mínimo”.
Mavie veio ao mundo no dia 6 de outubro, após Bruna Biancardi ter entrado em trabalho de parto sem a presença de Neymar, que pegou um voo da Arábia Saudita, onde mora, para conhecer a filha.
Carolinie gravou um vídeo focado em alguns comentários e até publicações nas redes sociais que exaltavam Neymar como pai para mostrar a diferença do julgamento que homens recebem na paternidade.

“Enquanto a mulher é cobrada e culpada por tanta responsabilidade em cima da gestação e da criação desse bebê, ao pai é cobrado o mínimo e, quando ele faz o mínimo e o óbvio, ele ainda ganha aplausos e medalhas”, comentou ela.
“Eu também fui mãe desde cedo e já aos 21 anos recebi essa carga de culpabilização e julgamento por não ser uma mãe perfeita – seja lá quem inventou o que é perfeição e essa idealização de todas essas tarefas exaustivas que exigem da gente”, continuou.
No caso de Neymar e Bruna Biancardi, a situação é ainda mais complexa, já que durante a gravidez, o jogador foi acusado de traição e precisou pedir desculpas publicamente sobre o ocorrido, expondo ainda mais a mãe da sua filha.

Sobre isso, Carolinie pontuou: “Como podemos considerar um homem um paizão, mesmo por fazer o óbvio, se ele causou algum tipo de constrangimento, traição ou violência à mãe dessa criança?”.
“Precisamos entender que quando reproduzimos ‘ele não é um bom marido, foi um péssimo companheiro, mas é um bom pai’, não existe essa separação e é sempre importante lembrar: pai não ajuda, pai cria junto. Parece uma diferença sutil, mas não é. Esse conceito de ‘vamos ajudar a mãe’ é mais um desses machismos velados, que a gente não enxerga”.
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A atriz também elencou frases que muitas mães acabam ouvindo quando seus companheiros exercem suas funções enquanto pais, como: ‘Pelo menos ele troca a fralda’ ou ‘Ele até bota para arrotar, eu nunca vi isso’ ou ‘Mas ele busca os filhos na escola’, que na verdade são funções que fazem parte da criação de um filho e não deveriam ser vistas como um diferencial quando feitas por um homem. “É sempre importante lembrar: pai não ajuda. Pai cria junto. Parece uma diferença sutil, mas não é”, finaliza.