Augusto Akio, conhecido como Japinha, é um dos principais talentos da nova geração do skate brasileiro e conquistou bronze na modalidade skate park nas Olímpiadas de Paris, nesta quarta-feira, 7 de agosto.

Com apenas 22 anos, o curitibano já se destaca por suas conquistas, incluindo a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Santiago em 2023 e a posição de melhor brasileiro no ranking mundial do ciclo olímpico, ocupando o sexto lugar.
Nascido em Curitiba, Japinha iniciou sua trajetória no skate aos 7 anos de idade. A paixão pelo esporte foi incentivada pela família, especialmente pelo pai, Altamiro Alves dos Santos, que sempre esteve presente nas primeiras competições e viagens do filho. Altamiro percebeu cedo que o skate ajudava seu filho introvertido a se socializar e fazer amigos.
“O primeiro skate dele foi da Casa China, porque a gente nunca imaginou que ele fosse dar certo no skate, e de repente o skate é a vida dele, é o que ele mais ama fazer na vida. A gente é feliz porque ele faz o que gosta. É um R$ 1,99, você chega lá e compra o mais baratinho, porque você não bota muita fé. Ele tinha sete anos”, contou a mãe do skatista, Silvana Takahashi para a Globo.
O reconhecimento de Japinha no cenário internacional também é notável. Antes mesmo de completar 20 anos, ele participou do campeonato Vert Attack em Malmo, na Suécia, onde conheceu skatistas russos e foi convidado para treinar a seleção russa de skate vertical. Apesar de ter enviado seu currículo, desistiu da ideia devido ao longo processo necessário para se naturalizar russo.
Depois do esporte, a principal atividade de Akio é o malabares, arte praticada por ele há quatro anos. É comum ver o paranaense equilibrando pinos e bolinhas entre uma competição e outra. Ele conheceu a prática quando ficou impossibilitado de andar de skate após machucar o quadril. Na mesma época, havia trancado a faculdade de Educação Física nos Estados Unidos.
Apesar das oportunidades e do sucesso competitivo, Japinha mantém um apego ao lado mais autêntico do skate. Ele expressa preocupação com a possível transformação da prática em algo puramente competitivo após a inclusão do skate nas Olimpíadas. A absorção da modalidade pela World Skate, uma federação inicialmente dedicada a esportes sobre patins, tem gerado divergências entre skatistas e a instituição.