Em decorrência da grande repercussão negativa, o Miúda Bar, que viralizou após barrar a entrada de uma mãe acompanhada de seu filho – voltou atrás na decisão da proibição de menores de idade no local. A Ana Claudia Araujo, uma das proprietárias do estabelecimento, publicou um vídeo nesta quarta-feira, 6 de abril – um novo posicionamento em nome do bar localizado na Santa Cecília.
“Gostaríamos de pedir desculpas a todas as mães, crianças, pais, tutores e famílias que não puderam estar na Miúda desde dezembro (…) Reconhecemos que o nosso comunicado anterior não foi acolhedor. refletimos muito, trocamos ideia com diversas pessoas e decidimos por permitir a entrada de menores de idade acompanhados na Miúda”, esclareceu.
Entenda o caso
A Marcelle Cerutti (34), mãe solo de uma criança de 5 anos, recebeu o convite para comemorar o aniversário de uma amiga em um estabelecimento na capital paulista. Ao chegar no Miúda Bar, no bairro de Santa Cecília, em São Paulo, no último domingo, 3 de abril – ela foi proibida de entrar no local com o filho. Segundo justificativas de profissionais do local, o ambiente não “aceita crianças”.
“Desculpa, senhora, mas aqui a gente não aceita crianças”, ouviu na entrada do local. Em contrapartida, a fotógrafa e mãe solo decidiu usar as redes sociais para desabafar sobre o caso. “17h. Cheguei no bar mais descolado de Santa Cecília para o aniversário de uma amiga e não pude entrar porque estava com meu filho. Aparentemente o bar que aceita todo mundo, não aceita mães solo com seus filhos. Não era balada, não era noite, era um espaço aberto e eu só ia ficar por pouco”, desabafou Marcelle no Instagram.
Em entrevista ao Universa, ela contou que depois de ser proibida de entrar com o filho, ela solicitou dar uma rápida entrada, apenas para falar com a amiga aniversariante – no entanto, foi banida novamente e teve que esperar sentada no meio-fio da calçada. Para então, sua amiga se direcionar até à rua e dar um “oi”. “Fiquei sem reação. A única coisa que disse foi: ‘mas como assim?’. Não consegui responder. Jamais esperava que um lugar que aceita pets, bicicletas e tem como princípio a diversidade, fosse discriminar uma mãe solo (…) Ali me dei conta de que o lugar que se vendia como um espaço para todes era, na verdade, supersegregador”, contou. Leia a matéria completa aqui.