As glândulas de Bartholin, localizadas na região da vulva, são responsáveis pela lubrificação da vagina. Essa secreção é drenada por dutos, que podem entupir. Quando isso acontece, todo o muco produzido fica obstruído, o que causa uma bolinha inflamada, conhecida como cisto de Bartholin. Quando esses cistos infeccionam por causa da obstrução e das bactérias que normalmente já existem na vagina, essa inflamação passa a ser chamada de bartolinite.
Sintomas de Bartolinite
- Dor intensa
- Aumento rápido do desconforto
- Vermelhidão
- Formação de pus
- Inchaço
- Dificuldade para caminhar, sentar e ter relações sexuais
Por causa da dor que evolui rapidamente, assim como o inchaço do cisto, a mulher com bartolinite costuma ser uma paciente de pronto-socorro. Caso algum desses sintomas apareça, a melhor indicação é procurar um especialista para diagnosticar e fazer o tratamento da infecção da maneira correta.

Como acontece a inflamação?
Na maioria das vezes, a bartolinite tem causa infecciosa. Ela acontece espontaneamente, por causa das bactérias da própria região vaginal, não é transmissível sexualmente e qualquer mulher pode ser acometida por essa inflamação, apesar de ser mais habitual em mulheres sexualmente ativas.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito através do exame ginecológico visual ou a partir do apalpamento. Existem glândulas de Bartholin nos lados esquerdo e direito dos grandes lábios, e um desses lados fica bastante inflamado, normalmente com um cisto grande.

É grave?
A bartolinite não traz nenhum risco, mas gestantes devem ficar atentas à infecção. Como qualquer infecção, ela é mais perigoso porque pode aumentar o risco de parto prematuro e dificultar as chances de ter um parto normal.
Qual é o tratamento?
O tratamento da bartolinite é cirúrgico, mas a paciente não precisa ser internada. Para esvaziar todo o pus do cisto de Bartholin, a inflamação é drenada e depois a mulher é medicada com antibiótico para que a melhora seja mais rápida. Em casos de reinfecção, é necessário fazer uma cirurgia para retirar a glândula comprometida.
Fontes: Dr Igor Padovesi, Ginecologista e Obstetra da USP e do Hosp. Albert Einstein, colunista e embaixador da Pais&Filhos, e pai de Beatriz e Guilherme (www.igorpadovesi.com.br) e dra. Fernanda Pepicelli, ginecologista e obstetra pela Febrasgo, mãe de Rafael.