Uma bebê de 11 meses estava sob os cuidados da babá quando se afogou em um balde de água. A cuidadora, percebendo o ocorrido, correu com a menina para o Corpo de Bombeiros mais próximo na cidade de Piraju, em São Paulo. A equipe médica do local prestou os primeiros socorros na menina, mas decidiu encaminhá-la para o pronto-socorro.
A responsável pela criança no momento do acidente conta que foi durante um leve período de distração que percebeu a menina se afogando. Foi por causa da falta de reação da bebê aos cuidados dos bombeiros que ela foi levada ao hospital.
Ela segue internada em estado grave. Os médicos do local ainda contam que a menina chegou na unidade médica com um quadro de parada cardiorrespiratória – e que chegou a ficar 15 minutos desacordada. Agora, ela segue entubada e foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva do hospital, onde segue em estado grave.
Como prevenir afogamentos?
Um infeliz acidente pode ser fatal para crianças de quaisquer idades – e, por causa disso, é importante entender os principais alertas e medidas de prevenção de afogamentos. Mesmo sendo a principal causa de morte para essa faixa etária, são medidas muito simples que são capazes de resolver o problema!
“Cuidar não é só ficar olhando. É muito mais do que isso. Para tomar conta mesmo, é preciso abrir mão da diversão, do celular… Porque, depois que o acidente acontece, não tem mais volta”, alerta o pediatra Marco Antônio Chaves Gama, pai de Bruno e Gabriela e presidente do Departamento de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Depois de afogar-se
Caso a criança já esteja envolvida nesse tipo de acidente, é importante que a reação seja imediata – já que, no geral, as crianças perdem a consciência depois de dois minutos embaixo d’água. Em cinco, a oxigenação do cérebro fica comprometida e já aumentam os riscos de sequelas e problemas mais graves, como paralisia cerebral.
Se seu filho cair na água e se afogar, é preciso ter calma. O primeiro passo é retirá-lo da água e desobstruir as vias respiratórias, colocando a cabeça um pouco para trás. Não dá para perder tempo. Logo em seguida, ligue para o serviço de emergência. Tenha o número do SAMU (192) e do Corpo de Bombeiros (193) sempre à mão e salvo nos contatos do celular. Ele pode ser útil quando você menos imaginar. “O importante é ligar para os bombeiros ou para a emergência imediatamente. Eles sabem como orientar e vão dando o passo a passo do que você deve fazer”, explica Marco Antônio.
É importante evitar!
Apesar de comum, o afogamento infantil pode ser evitado com atitudes muito simples. O primeiro passo é sempre supervisionar e orientar sobre os riscos. A seguir, listamos o que você pode fazer para manter seu filho em segurança:
- Nunca deixe crianças sozinhas dentro ou perto da água, mesmo quando estiverem de colete salva-vidas. Um adulto sempre deve estar de olho, supervisionando o tempo todo. Ele deve estar a um braço de distância, no máximo;
- Ao chegar a um lugar com piscina, lago, rio ou mar, explique sobre todos os riscos e oriente que nadar sozinho, sem ninguém por perto, pode ser perigoso;
- Não superestime a habilidade das crianças. Mesmo aquelas que “sabem nadar” precisam de supervisão e orientação;
- Deixe o celular de lado. Não dá para supervisionar as crianças e responder mensagens ao mesmo tempo;
- Tenha cuidado com boias e equipamentos infláveis. Eles podem virar ou estourar a qualquer momento. Prefira sempre o colete salva-vidas;
- Tenha sempre um telefone por perto. Salvar os números do atendimento de emergência também pode ser muito útil (SAMU: 192; Corpo de Bombeiros: 193)
Assim, é possível garantir um dia em família na praia ou na piscina divertido (e seguro!) para todo mundo! E, relembrando o Dr. Marco Antônio – cuidar é mais do que só olhar!