Letty, uma bebê de apenas 1 ano de idade, deu entrada no pronto-socorro apresentando quadro de vômito. Após ser inicialmente liberada, sua mãe, Hannah Rief, a levou para uma segunda visita ao ambulatório, onde foi transferida de ambulância para um hospital especializado em cuidados pediátricos na cidade de Hastings, nos Estados Unidos.
Os médicos, diante dos sintomas de Letty, suspeitaram de uma possível obstrução no estômago. No entanto, a causa exata das náuseas e vômitos ainda era incerta. Durante uma entrevista ao programa Good Morning America, Hannah Rief compartilhou a angústia que sentiu diante da incerteza sobre o estado de saúde de sua filha.
Foi durante a cirurgia de emergência, realizada com o intuito de identificar a causa do mal-estar de Letty, que os médicos fizeram uma descoberta surpreendente. No intestino da bebê, encontraram uma bolinha de gel com cerca de 2 cm de diâmetro. A revelação trouxe à memória de Hannah um episódio ocorrido dois anos antes, quando seu filho mais velho ganhou um brinquedo contendo essas bolinhas. Apesar de ter limpado a sala após a brincadeira, Letty deve ter encontrado uma das bolinhas no tapete e a engoliu sem intenção alguma.
O diagnóstico tardio ocorreu devido à coincidência entre a cor da bolinha de gel e a do intestino da bebê, o que dificultou sua identificação por meio de exames de raio-X. Hannah expressou sua preocupação com a possibilidade da bolinha estourar dentro do organismo de Letty, o que poderia levar a um problema ainda maior. Felizmente, os médicos conseguiram remover o objeto com sucesso e Letty, após uma semana de internação, está se recuperando em casa.
Atenção aos riscos
Esses polímeros químicos super absorventes, que podem aumentar em até 1.500 vezes seu tamanho quando colocados na água, podem atrair a atenção das crianças devido à sua aparência colorida e textura macia. No entanto, elas representam perigos significativos quando ingeridas, aspiradas ou inseridas em partes do corpo, podendo causar obstruções fatais.
A Academia Americana de Pediatria (AAP) ressalta a importância de agir rapidamente ao suspeitar que uma criança tenha engolido uma bolinha de gel. Entre os sintomas comuns estão a falta de apetite, letargia, vômito, chiado no peito, dor abdominal, constipação, inchaço abdominal e queixas de que algo está preso na garganta ou no peito. Portanto, é essencial buscar atendimento médico imediato ao identificar esses sintomas.
A fim de prevenir acidentes desse tipo, é recomendado seguir algumas medidas de segurança. Primeiramente, é importante aguardar até que todas as crianças da casa tenham, pelo menos, 3 anos de idade antes de permitir o uso desse tipo de bolinha de gel. Além disso, é aconselhável utilizá-las apenas em superfícies firmes, como mesas, e realizar uma limpeza minuciosa imediatamente após a brincadeira, pois as bolinhas secas podem ser difíceis de detectar no chão, devido ao seu pequeno tamanho.
Guardar as bolinhas de gel em recipientes hermeticamente fechados, em locais seguros e inacessíveis às crianças pequenas, também é uma medida preventiva importante. Além disso, é fundamental supervisionar constantemente as crianças durante o uso desses brinquedos, para evitar acidentes.
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