Uma pessoa autista, algumas vezes, tem dificuldade de manter contato visual e de entender as expressões faciais dos outros. Por isso, um aplicativo especial, em conjunto com o Google Glass, e um óculos inteligente, podem mudar a vida de muitos deles.
Quem tirou essa conclusão foi a Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que estudou crianças autistas e comprovou que elas apresentam melhoras após 20 minutos semanais, durante um mês e meio de uso do produto.
Os resultados positivos aconteceram porque o combo do aplicativo, desenvolvido pela universidade, e o “óculos superpoderoso”, como foi apelidado, pode ajudar crianças com autismo a reconhecer as reações universais como a felicidade, tristeza, raiva, repugnância, surpresa, medo, neutralidade e desprezo. O estudo publicado pelo npj Digital Medicinas provou que 12, das 14 crianças que realizaram o teste, tiveram melhora nesse quesito. Além disso, seis entre essas 12 crianças melhoraram tanto que tiveram a classificação do grau de autismo alterada. Surreal, né?!
Dennis Wall, autor da pesquisa e professor de pediatria e ciência de dados biomédicos da Universidade de Stanford, comentou que algumas das crianças que foram analisadas nem precisarão continuar com a terapia comportamental intensiva. “O depoimento dos pais foi reconfortante e superencorajador para nós”, contou Dennis ao site da universidade, o Stanford Medicine News Center. A gente amou!
Quais são os primeiros sinais do autismo?
Você sabia que mais de dois milhões de brasileiros apresentam autismo? Dentre esses 600 mil crianças e adolescentes. Cada um com características, necessidades e níveis diferentes. De acordo com Gustavo Teixeira, fundador do CBI (Child Behavior Institute), especialista em saúde mental infantil e psicoeducação, o que há em comum entre eles é que quanto mais cedo o diagnóstico for feito, mais eficiente será o tratamento e menores as limitações.
A partir dos dois anos de idade é possível identificar os primeiros sinais do autismo. “Se a criança não fala, não aponta para objetos e não olha nos olhos dos pais, ela precisa ser avaliada por um médico”, alerta o especialista. Não existem de laboratório para ter um diagnóstico, a avaliação é clínica e o tratamento envolve terapia, fonoaudiologia e mediação escolar.
Por isso o conhecimento é muito importante para que você e os demais envolvidos com essa criança como professores e profissionais de saúde possam melhor ajudar no seu desenvolvimento. “A informação diminui o preconceito e faz com que as pessoas busquem ajuda e tenham ferramentas para lidar com o autismo”, comenta João Roberto Magalhães, também fundador do CBI of Miami.
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