A medalhista olímpica Adriana Araújo, que conquistou o bronze nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, viveu um momento de emoção ao receber sua medalha de volta após tê-la leiloado. A peça foi devolvida pelo CEO da casa de apostas Superbet, Alexandre Fonseca, sensibilizado pelas dificuldades financeiras enfrentadas pela atleta.
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Adriana, a primeira boxeadora brasileira a ganhar uma medalha olímpica, passou por um período de dificuldades financeiras que a levou a leiloar sua medalha. O objetivo era utilizar o valor arrecadado para abrir um restaurante na Bahia, como parte do seu planejamento de aposentadoria.
“Foi uma decisão difícil usar a razão nesse momento. Estava com pouco dinheiro e vi na medalha uma oportunidade. Às 11h entrou em leilão e logo às 16h já tinha um comprador. Vendi por R$ 150 mil. Não sabia se ficava feliz ou triste”, relatou a ex-atleta de 42 anos ao Estadão.
O que Adriana não esperava era que sua medalha retornaria às suas mãos. Alexandre Fonseca revelou-se o comprador anônimo, destinando os R$ 150 mil para ajudar a ex-atleta na criação de uma academia de boxe em São Paulo.
“Ficamos sensibilizados com a situação da atleta e queríamos proporcionar uma aposentadoria mais tranquila para ela”, afirmou Patrícia Prates, diretora de marketing da Superbet Brasil. A empresa ofereceu apoio financeiro e mentoria em gestão para que Adriana pudesse inaugurar seu estúdio de boxe em setembro.
Com a ajuda da empresa, Adriana agora está prestes a abrir seu próprio estúdio de boxe, onde pretende dar aulas, palestras e formar novos atletas. “Sempre fui muito apegada à minha medalha. Tê-la de volta foi como vencer duas vezes”, disse emocionada.
Adriana Araújo nasceu em uma comunidade pobre de Salvador e entrou no mundo do boxe aos 18 anos, incentivada por uma amiga e sob a orientação do treinador Luiz Dórea. Em Londres-2012, fez história ao ser a primeira brasileira a vencer uma luta de boxe feminino em Olimpíadas, conquistando o bronze.
Apesar das conquistas, Adriana destaca as dificuldades enfrentadas pelos atletas brasileiros. “Hoje o boxe feminino tem mais investimento devido às conquistas, mas ainda não temos o retorno que deveríamos ter. Imagine se tivéssemos realmente apoio o quanto poderíamos conquistar”, lamenta.
