O Brasil vai começar os testes em humanos da primeira vacina contra o chikungunya no mundo. Ela está sendo desenvolvida pelo laboratório europeu Valneva em parceria com o Instituto Butantan. O imunizante foi produzido a partir do vírus modificado e na fase anterior da pesquisa, que foi realizada nos Estados Unidos com cerca de 4.115 voluntários adultos, os resultados do estudo obtiveram respostas satisfatórias. A vacina produziu anticorpos em 96% das pessoas que participaram.
A doença chikungunya é causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que passa a dengue, zika e a febre amarela. No país, no último ano, foram registrados 136 mil casos de chikungunya, com maior classificação nos estados de Pernambuco (40.904), São Paulo (30.112) e Bahia (17.484).
Entre os sintomas da doença estão febre alta, dores no corpo e na cabeça, manchas avermelhadas e dores nas articulações, que podem ser incapacitantes. Em pessoas com com comorbidades, o quadro clínico pode ser ainda mais grave, levando à imobilização e até a morte.
De acordo com o Ministério da Saúde, só este ano, nas primeiras semanas epidemiológicas, foram registrados cerca de 6.000 casos no Brasil, uma redução de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A pesquisa se encontra na terceira fase. Porém, dessa vez os cientistas que estão participando do projeto avaliarão a segurança e a capacidade de produzir anticorpos da vacina em adolescentes que já contrairam a doença antes e naqueles que nunca foram infectados.
Este próximo passo, trará a utilização da vacina em locais onde há alta circulação do vírus para avaliar a eficácia em vida real, e o Brasil é um desses países!
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