Em apenas 15 minutos, pesquisadores da Universidade Federal do Paraná conseguiram realizar 96 testes rápidos, que detectam os anticorpos do novo coronavírus. Para facilitar o processo da testagem em massa, eles pensaram em um projeto à baixo custo.

O professor bioquímico, Luciano Fernandes Huergos explicou o processo: “Desde o início da pandemia percebemos que um dos gargalos dos testes era a falta de material, por isso decidimos usar o nosso conhecimento bioquímico para resolver esse problema”. Feito em pessoas que já tiveram contato com o vírus, os testes de detecção de anticorpos foi feito ao custo de R$ 10.
Segundo o pesquisador, para se ter um resultado é necessário usar uma proteína do vírus. A partir do sequenciamento, já existente, é possível sintetizar o DNA e colher as informações. “Usamos duas proteínas que geravam uma boa resposta do sistema imunológico”, explicou Luciano.

Para produzir a proteína viral, o DNA do vírus é inserido em uma bactéria não patogênica. Segundo o professor, produzir o antígeno em laboratório também reduz os custos dos testes, que em sua maioria são importados. Após a primeira parte do processo, se faz a reação com o sangue do paciente contaminado.
Durante a reação química, caso a solução fique colorida, significa que a pessoa tem anticorpos contra o coronavírus, indicando que ela já foi contaminada em algum momento. Apesar de não identificar se o paciente está com o vírus naquele momento, é possível avaliar quantos já foram infectados.
Com isso, Luciano explica a importância do teste conseguir prever a concentração de anticorpos utilizados: “Assim conseguimos prever quanto tempo uma pessoa pode ficar imune e também avaliar se a resposta imunológica de uma futura vacina foi boa ou não”, conclui.