Começamos a semana com o pé direito! Nesta segunda-feira, 15 de agosto, foi ao ar o sétimo episódio do POD&Tudo. Nossa convidada de honra da vez foi a jornalista Izabella Camargo, mãe de Angelina, apresentadora, palestrante promotora de autocuidado, especialista em gerenciamento do estresse, pesquisadora da Síndrome de Burnout e escritora best-seller. Ufa!
Comandado pela editora-executiva da Pais&Filhos Andressa Simonini, filha de Branca Helena e Igor, e pela editora digital Jennifer Detlinger, filha de Lucila e Paulo, Izabella Camargo abriu o coração sobre carreira, saúde mental, a própria trajetória para estar onde está agora e, é claro, maternidade.
Izabella mudou a carreira de rumo quando teve uma Síndrome de Burnout e, desde então, passou a falar sobre saúde mental com o propósito de alertar e ajudar pessoas a terem uma produtividade saudável e estabelecerem limites pela própria saúde. E o que ela mais defende é isso: faça o que é preciso com saúde, porque sem ela não conseguimos sair do lugar.
“Comecei a empreender de forma forçada depois de 4 anos do diagnóstico do Burnout. Muitas coisas não deram certo, mas eu aprendi bastante e sei também que essas mulheres que estão no [regime] CLT e que acham que não vai dar certo, elas precisam de tentar. Você precisa tentar com saúde do que sem. Muitas de nós ficamos em empregos que têm condições que vão nos adoecendo. O corpo manda recados para a gente o tempo todo. No corpo, não dá para esconder. As dores são mensageiras, não dá para ignorar”.
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Mas, muito antes de Izabella Camargo ser a jornalista que foi três vezes TEDx speaker, ter um best-seller um mês após a publicação de “Dá um tempo! Como encontrar limite em um mundo sem limites”, ela era uma menina de 16 anos que saiu do interior do Paraná e veio até São Paulo por causa do concurso “Miss Brasil”, do qual ficou em segundo lugar. Depois disso, a carreira dela passou por vários lugares: bailarina, jornalista de hard news e, agora, falando sobre saúde.
“O caminho de nenhuma profissão não é uma linha reta. Você sempre vai ter desvios. Receber um ‘não’ não é o fim da linha, pode ser um grande impulso para ganhar recursos e entender que isso é ‘nesse lugar não’”. E, logo depois, ela canta a bola da linha de pensamento principal para conseguir seguir o caminho de uma produtividade positiva: é necessário encontrar limites (mesmo vivendo em um mundo sem limites) para que não haja perdas de saúde e relacionamento ao longo da trajetória.
“Os limites são fundamentais. A gente só consegue alcançar o que a gente quer respeitando os nossos limites. Pessoas de uma faixa etária mais nova, com pouca ideia do que é a vida, precisam de uma pessoa mais velha mostrando o caminho. Isso não é ruim. É só com limites que nós conseguimos chegar onde queremos sem perdas pelo caminho“, reforça a jornalista.
Sabe o ditado “se não é pelo amor, é pela dor”? Estabelecer limites pensando no próprio bem-estar, muitas vezes, aparece no caminho de alguém pela segunda opção da frase – quando já não há mais saúde e não restam escolhas do que fazer.
“A Síndrome de Burnout é um esgotamento físico e mental produzido no ambiente profissional a partir de estresse que não foi bem gerenciado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu em 2022 o Burnout como fenômeno laboral. A definição por mim, Izabella, é: ausência de si mesma. Se doar demais ao trabalho é faltar com outra pessoa e com você mesma, principalmente”.
A maternidade na conta
Quando a pergunta sobre ter filho vinha à tona na vida de Izabella, muito antes da jornalista ser mãe de Angelina, a resposta já aparecia na lata: “Não tenho opinião formada”. Assim, não dava brecha para os famosos pitacos que sempre aparecem quando o assunto é maternidade.
“Não quero chover no molhado, mas mulheres sempre sofrem mais pressão para ter filhos do que homens. Eu sou de uma cidade do interior do paraná, vim pra São Paulo, e entrei numa toada de trabalho de muita dedicação. Lembro de quando as pessoas começaram a me perguntar se eu queria ter filhos, eu respondia: não tenho opinião formada. Existem crenças no mundo corporativo que, se é uma pessoa que trabalha e entrega, mas passou dos 30 anos e ainda não teve filho, isso fica estranho. Estou careca de ver relatos no Linkedin de mulheres que voltaram da licença-maternidade e não tiverem um retorno positivo”.
