Era tarde de mais um dia normal no centro de Sorocaba, interior de São Paulo, local onde fica localizada a loja do casal Kelly e Alexandre Raszl Perez. Logo após abrir o estabelecimento, para a surpresa dos donos, o cachorro Negão invadiu o local e se escondeu embaixo do balcão para tirar uma soneca. “De repente, me avisaram que tinha um cachorro dentro da loja. Atrás do balcão, encontrei um cachorrinho assustado, arisco, magro e muito triste”, contou Alexandre, pensando que o animal tinha se perdido de alguém.
Ambos postaram fotos e vídeos do cachorro nas redes sociais, acreditando que alguém pudesse estar procurando por ele, mas infelizmente ninguém apareceu. Foi então que eles decidiram levar o animal para a realização de alguns exames para ter certeza de que ele estava bem.
Nova família
Depois de passar pela rotina de exames e confirmar que estava tudo bem com ele, poderia agora ser adotado. Os lojistas fizeram um post nas redes sociais procurando um tutor para Negão. “Nós tínhamos dois cachorros em casa na época, então não dava para levar mais um. Postamos nas redes sociais, mas ninguém se interessou. Por meses, não houve nenhum contato. E nisso, o Negão foi ficando na loja e nossos corações começaram a se apaixonar por ele”, conta Alexandre
Depois de toda essa demora, o processo de busca por um tutor foi cancelado e o casal decidiu ficar com Negão, deixando os dias deles e dos clientes da loja muito mais alegres. “Ele nos escolheu no dia em que entrou embaixo daquele balcão. Desde então, nossos dias são cheios de amor, alegria e afeto. Ele cativa a todos, é amoroso, quer recepcionar os clientes, é a atração da loja”, afirma Alexandre.
Funcionário do mês
O cachorro além de cativar o coração dos clientes pela fofura, ainda recebeu o título de “funcionário do mês” na loja, com direito até a um quadro na parede para celebrar a conquista. Virou também garoto propaganda nas redes sociais, posando ao lado dos produtos.
Antes, Negão dormia em um espaço reservado especialmente para ele, mas depois de um tempo, Kelly achou uma forma de levá-lo para casa da família. Entretanto, isso não significa que ele abandonará os turnos na empresa. “Ele sabe a hora de ir trabalhar e sabe a hora de voltar. É quase como se fosse um funcionário mesmo. Ele late, chama a gente, é demais. Em casa, nossos filhos quase brigam para ver quem vai dormir com o Negão”, conta o casal de comerciantes.