Família

Câmara aprova projeto de lei para prevenção de violência contra crianças: entenda

iStock

Publicado em 15/07/2021, às 16h59 por Cinthia Jardim


Compartilhe:


Na última quarta-feira, 14 de julho, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1360/21, que cria mecanismos para prevenir a violência doméstica e familiar. Além disso, o texto prevê medidas como afastamento do agressor, espaço de acolhimento, aumento de penas e assistências às vítimas.

O projeto foi realizado pelas deputadas Alê Silva e Carla Zambelli. Vale lembrar que o documento ainda deve seguir pela aprovação no Senado e, na sequência, passar por sanção presidencial. Segundo a relatora Carmen Zanotto, a proposta é semelhante à Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), mas adaptada às crianças e adolescentes.

“Gostaria de lembrar das nossas crianças vítimas de violência, como Henry Borel. É o reconhecimento do Parlamento brasileiro da dor de todos os pais, mães e familiares que têm um filho retirado do seu convívio de forma brutal, macabra”, disse ao se referir a Leniel Borel, pai de Henry.

Para identificar a violência infantil, a família precisa usar linguagens que a criança entenda (Foto: iStock)

Quais são os tipos de violência que a criança pode sofrer?

De acordo com Telma Abrahão, educadora neuroconsciente, escritora e mãe de Lorenzo e Louise, violência pode se classificar em: física, emocional, sexual, maus tratos e negligência. Nestes casos, uma das primeiras coisas a mudar é o comportamento da criança, que, geralmente, tende a ficar na defensiva, além de reclusa e quieta. “A base para uma boa educação começa com uma relação de qualidade entre pais e filhos, para que os filhos possam ter nesses pais uma referência e assim, absorvam os limites e ensinamentos que lhes estão sendo passados. E uma relação de qualidade não é construída pelo medo, mas com firmeza e amor!”, completa a Dra. Francielle Tosatti, Pediatra, da Sociedade Brasileira de Pediatria, especialista em em Emergências Pediátricas pelo Instituto Israelita Albert Einstein.

José Roberto Sanches, advogado, mestre em direito Constitucional, especialista em Direito Processual e pai de Letícia e Rafael, explica que a partir da lei é possível classificar também as maneiras mais frequentes de violência infantil em:

Como identificar sinais de violência infantil

É preciso aprender a reconhecer os sinais de que seu filho está passando por algo desse tipo, já que, muitas vezes, as crianças não vão ter a coragem de reportar e falar sobre o que está acontecendo. “A gente pode perceber mudanças no comportamento e também na hora de dormir. Então, crianças que sempre dormiram uma determinada quantidade de horas, passam a dormir mais ou menos. O padrão de alimentação também pode mudar, passando a comer exageradamente ou ter perda de apetite. É possível notar ainda uma regressão no comportamento, como crianças que não fazem mais xixi na cama voltarem com o hábito, ou ter crises de choro. Em suma, crianças que têm um comportamento padrão e de repente o mudam, precisam de atenção”, alerta Vanessa Abdo.

A proposta é semelhante à Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), mas adaptada às crianças e adolescentes (Foto: Freepik)

A psicóloga explica ainda que os adultos, por terem mais repertório, tendem a expressar o que pensam ou sentem por meio da linguagem verbal, já as crianças possuem uma maior dificuldade em fazer isso. “Como elas não têm acesso ao vocabulário e não conseguem reconhecer e expressar o que elas estão sentindo, é importante ficar atento a esses sinais e tentar extrair da criança conteúdos que não saiam necessariamente por meio da fala”, explica ela.

Mas para isso, é preciso muita calma! Os padrões de comportamento não mudam de um dia para o outro e é importante ter paciência para conseguir entender o que está acontecendo. “É uma construção diária. Todo dia o adulto responsável precisa construir essa relação de confiança com as crianças”, completa a psicóloga.

O Dr. Alexandre Aroeira Salles, advogado e sócio fundador do Aroeira Salles Advogados e pai de Thiago, Francisco e Izabela, reitera a importância de não só os pais, mas como pessoas que convivem com a criança e fazem parte da rede de apoio, prestarem atenção nesses sinais. “A constituição é muito clara em afirmar que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar com absoluta prioridade a efetivação dos diretos referentes à vida, incolumidade física, à saúde e tantos outros valores, à criança”, pontua.

Mais lidas

Notícias

Foto mostra que Nicolas Prattes 'escondeu' barriguinha de Sabrina Sato antes da notícia de gravidez

Notícias 📣

Edu Guedes fala sobre primeiro filho com Ana Hickmann: "Deus vai escrevendo as coisas"

Família

Emocionante! Pais viajam mais de 10 mil quilômetros para adotar filha e ela mostra todo o processo

Família

Filha de Ana Maria Braga tem vida simples no interior de São Paulo longe da fama: veja foto inédita

Imperdível

Ofertas do dia: até 51% de desconto no smartphone POCO X6 Pro

Notícias

Jade Magalhães impõe condição para morar com Luan Santana após gravidez

Família

Larissa Manoela fala sobre gravidez de 1º filho com André Luiz Frambach

Família

Ana Paula Arósio não fala com a mãe que vive em asilo há anos e perdeu enterro do pai


Palavras-chave
Família Criança violência infantil projeto de lei