Rafael e Luciano realizaram o sonho da paternidade por meio da adoção. Há um ano e meio, eles se tornaram pais dos irmãos Allan e Davi e provaram que o mais importante em uma família é o amor. Vem conhecer essa história:
“Sou Rafael, arquiteto, 30 anos. Casado com Luciano, também arquiteto de 30 anos. Nos conhecemos na faculdade, no primeiro dia de aula: desde a primeira vez que o vi, me encantei. Chamei ele pra morar junto comigo em uma república e assim foi. Moramos juntos praticamente desde o primeiro dia que nos vimos, mas até o primeiro beijo foi um longo caminho – dois anos e meio!
Terminada a faculdade, em Bauru, viemos para São Paulo e nos casamos. Como casal, o assunto da paternidade surgiu bem cedo, bem antes de casamento, inclusive. Até nome as crianças já tinham na nossa cabeça: seriam o Cadu e o Mathias. Desde o protocolo no fórum criamos um blog chamado Dois Pais, no qual retratamos o cotidiano da família desde o início do processo de adoção. O blog nasceu como um diário de bordo. Sentíamos falta em ler algo mais humanizado, uma percepção da ansiedade, do choro, do afeto. Líamos muitos trâmites e visões frias. A ideia cresceu, abriu muitas portas e papos.
Há um ano e meio, adotamos dois irmãos: Allan, 12 anos, e Davi, 4 anos. Foi um processo de adaptação super rico pros quatro. Perdi peso, horas da agenda, mas ganho diariamente o brilho nos olhos, os abraços apertados e o carinho dos dois.
Nosso processo de adoção foi repleto de ansiedades, mas supertranquilo. Um período importante de amadurecimento da ideia de ser pai, de criar filhos, das especificidades de uma adoção. Tivemos um apoio superespecial e irrestrito das técnicas do fórum – psicólogas e assistentes sociais – que nos deram todo o suporte técnico e emocional para darmos cada passo do processo como um todo.
Outro ponto fundamental em nossa história foi a participação em grupos de apoio. No nosso caso, participamos do Acolher, uma experiência bem rica de troca de informações e relatos que seguram um pouco da ansiedade e nos deixa com mais pé no chão e menos formatado ao que lemos na bibliografia do assunto, na maioria das vezes muito técnica e fria.
A rotina? Mudei de emprego para ficar mais pertinho deles. Trabalho com certa flexibilidade para conseguir participar mais das atividades da escola, exercícios, brincadeiras. É bem corrido, mas muito gratificante!”