Kemilly Hadassa tinha 4 anos quando foi encontrada morta dentro de um saco de ração. Depois de ficar sozinha com os irmãos, o primo da mãe entrou, levou a criança para casa, estuprou e assassinou a menina.
Nesta segunda-feira, 11 de dezembro, o delegado responsável pelo caso Hadassa, afirmou que a mãe da criança também será investigada. Suellen da Silva Roque deixou a filha de 4 anos sob a supervisão dos irmãos de 7 e 8 anos para ir para uma festa.
Suellen saiu de casa às 23h de sexta-feira, dia 8 de dezembro, para ir ao forró. Chegando em casa, às 5h da manhã de sábado, ela encontrou a residência com o portão aberto e percebeu que a filha estava desaparecida.
De acordo com Mauro César da Silva Junior, delegado responsável da investigação sobre a morte da garota, a mãe que é acusada por deixar as crianças sem a supervisão de um adulto. “A mãe vai ser investigada por ter deixado os três filhos menores sozinhos. Ela é a agente garantidora deles na forma da lei. Eu ainda não vou cravar a tipificação. Ela será investigada pelo fato que aconteceu. As tipificações nós veremos durante as investigações”, contou.

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O caso
Naquele dia, a menina estava dormindo em casa com os irmãos quando foi levada pelo primo. No lote da residência também moram outros parentes, que ficaram responsáveis por olharem as crianças a pedido da mãe.
“Eu dei jantar e coloquei eles para dormirem. Meia-noite e meia eu saí, porque a minha irmã que olha eles para mim, já que a gente mora na mesma casa praticamente. Aí ela vigia eles para mim. Quando eu cheguei, ela [Hadassa] não estava mais. Só os dois irmãos”, disse a mãe, Suelen Silva, em declaração à jornalistas na porta da delegacia.
Segundo informações da Polícia Civil, ela será investigada por abandono de incapaz. Quando a mãe voltou da festa, não encontrou a filha em casa. Além disso, nenhum parente viu movimentações na hora do crime. Após perceber que a filha realmente tinha desaparecido, Suelen buscou ajuda da família e da Polícia. Todos se mobilizaram e espalharam cartazes nas ruas e nas redes sociais para encontrar a menina.

O primo da vítima, Reynaldo Rocha Nascimento, foi apontado como suspeito do crime. No domingo, 10 de dezembro, vizinhos foram até a residência do homem de 22 anos e o agrediram. Na casa também foram encontradas marcas de sangue.
Ao ser levado para delegacia, ele confessou o crime. O assassino contou em depoimento que sabia que a menina estava a sós com os irmãos, por isso a levou. Ele confessou também que a estuprou e quando ela começou a chorar, ele a matou com um corte no pescoço e depois a esforcou.
Reynaldo foi preso. O corpo da criança só foi encontrado 36 horas após o crime, na noite de domingo, 10 de dezembro, próximo a um valão, dentro de um saco de ração, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.