A mãe de Henry Borel, Monique Medeiros, que está sendo investigada pela perda do filho no dia 8 de março, postou na noite desta quarta-feira, 7 de abril, uma foto com o filho dizendo que estava orgulhosa da mãe que tinha se tornado. Tanto ela quanto o namorado,Dr. Jairinho, padrasto de Henry, foram presos na manhã de hoje no Rio de Janeiro.
“Me orgulho da mãe que me tornei e me orgulho do filho que tive”, escreveu Monique na conta do Instagram que foi criado pela defesa dela e do namorado para publicar as versões deles sobre a perda do menino. Além de falar sobre o “orgulho”, ela continuou tecendo elogios ao pequeno na legenda.
“Meu bebê sempre foi muito bem cuidado… Todos os que nos conheciam sabiam como ele era um menino feliz e muito amado. Henry era um menino doce, educado, gentil, carinhoso, amoroso, sensível e muito amado. Na verdade, ele só conhecia o Amor. Infelizmente e com muita dor no coração, digo que só pude estar em sua presença por 4 anos. Mas foram, meus mais belos, 4 anos e 10 meses. Onde conheci verdadeiramente o significado dos mais sinceros valores humanos”, completou.
Monique e Jairinho foram presos na casa de uma tia do político em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro. Os mandados com os pedidos de prisão pelo caso foram expedidos pelo 2º Tribunal do Júri. Para a polícia, o menino não resistiu em decorrência de agressões.
Segundo os investigadores, Dr. Jairinho já tinha histórico de violência contra o menino. Segundo a investigação, o parlamentar se trancou no quarto para agredir Henry com chutes e pancadas na cabeça um mês antes do crime. A mãe soube das agressões, ainda de acordo com a polícia.
Entenda o caso Henry
Henry Borel não resistiu na madrugada da segunda-feira, 8 de março, na Barra de Tijuca, Zona Oeste do Rio. No dia, o menino estava na casa da mãe, Monique Medeiros da Costa Almeida, e do padrasto, o vereador Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho (Solidariedade).
No laudo médico é relatado que a criança já deu entrada no hospital sem vida, sendo a causa uma hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente. A criança apresentava:
- Múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores;
- Infiltração hemorrágica na região frontal do crânio, na região parietal direita e occipital, ou seja, na parte da frente, lateral posterior da cabeça;
- Edemas no encéfalo;
- Grande quantidade de sangue no abdômen;
- Contusão no rim à direita;
- Trauma com contusão pulmonar;
- Laceração hepática (no fígado);
- Hemorragia retroperitoneal.
O pai, no depoimento, contou que recebeu uma ligação de Monique às 4h30 pedindo que ele fosse até o Hospital Barra D’Or, porque o filho não estava respirando. Ela contou a Leniel que fez respiração boca-a-boca em uma tentativa de reanimar a criança.