Família

Caso Henry: Software israelense foi fundamental para prisão de Jairinho e mãe do menino

Reprodução / Vídeo

Publicado em 08/04/2021, às 11h39 - Atualizado às 13h37 por Camila Montino


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Antenor Lopes, delegado e diretor do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC), disse durante coletiva que o programa ajudou a recuperar as mensagens apagadas dos celulares de Dr. Jairinho e Monique Medeiros foram fundamentais para a prisão do casal, que aconteceu nesta quinta-feira, 8 de março.

Software israelense que recuperou mensagens apagadas de Jairinho e Monique (Foto: Reprodução / Vídeo)

O Software israelense Cellebrite Premium recuperou mensagens dos celulares apreendidos. “[O software] Contribuiu de maneira muito importante para a investigação”, disse o diretor do DGPC, de acordo com o G1. O delegado ainda diz que o processo para a compra do equipamento ficou parado mais de dois anos.

“O governador Cláudio Castro, sensibilizado com esse caso, liberou verba no último dia 31 e conseguimos adquirir esse equipamento de última geração, que foi fundamental para o esclarecimento desse caso. Conseguimos obter provas importantíssimas que levaram o delegado a solicitar o pedido de prisão à Justiça. O Ministério Público nos apoiou integralmente e hoje efetuamos a prisão do casal”, disse Antenor Lopes.

Henry perdeu a vida no dia 8 de março e a polícia diz que há dúvida de que o menino foi assassinado. “Hoje temos todos os elementos probatórios e podemos sim afirmar que temos provas que essa criança (Henry) foi assassinada e não foi vítima de um acidente doméstico. O Cellebrite foi uma prova técnica essencial, muito forte, onde o delegado (Damasceno, responsável pelas investigações) embasou o pedido de prisão, que é corroborado pelo Ministério Público e acabou sendo deferido pela juíza do 2º Tribunal do Júri”, afirmou Antenor.

O delegado ainda afirmou que a investigação segue, mesmo a polícia tendo reunido provas o suficientes para indiciar os culpados. “As demais provas técnicas da simulação e laudos médicos legais estão sendo finalizados e serão oportunamente juntados aos autos”, ressaltou.

O diretor ainda disse que o menino sofreu diversas agressões por Jairinho. “As mensagens que foram obtidas através de uma prova técnica de fato comprovam que essa criança vinha sofrendo agressões dentro do apartamento. Agressões praticadas pelo vereador e médico Dr. Jairinho. Todas as provas técnicas serão juntadas ao inquérito policial, mas neste momento podemos afirmar sim que houve toda uma arquitetura incompreensível caso fosse um acidente, a combinação de depoimentos. Algo que não se espera de uma família enlutada. Todas as provas técnicas estão sendo finalizadas”, disse Lopes.

Babá de Henry Borel narrou à mãe em tempo real agressões de Dr. Jairinho ao enteados

A Polícia mostrou mensagens entre a mãe de Henry Borel, Monique Medeiros e a babá da criança, Thayna de Oliveira. A empregada descreveu à mãe (em tempo real) as agressões que a criança foi submetida pelo padrasto, o vereador Dr. Jairinho (afastado do Solidariedade) no dia 12 de fevereiro.

As agressões aconteceram em um quarto do apartamento do condomínio Majestic, onde o Vereador e Monique viviam no Rio de Janeiro. A conversa diz que o menino e o padrasto ficaram trancados por alguns minutos em um cômodo do apartamento, com o som da TV alto.

A criança, segundo o G1, depois mostrou para a babá hematomas e contou que levou uma banda (uma rasteira) e chutes, além de reclamar de dores no joelho e na cabeça. Na representação ao Ministério Público estadual, a polícia indica estar diante de um homicídio duplamente qualificado por tortura e por emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

A Polícia mostrou conversa da mãe de Henry Borel com a babá relatando agressões de Jairinho (Foto: Reprodução/ G1)

“Nós encontramos no celular da mãe prints de conversa que foram uma prova extremamente relevante, já que são do dia 12 de fevereiro e o que nos chamou a atenção e que era uma conversa entre a mãe e a babá que revelava uma rotina de violência que o Henry sofria. A babá relata que o Henry contou a ela que o padrasto e pegou pelo braço, deu uma rasteira e o chutou. Ficou bastante claro que houve lesão ali. A própria babá fala que o Henry estava mancando”, disse o delegado Henrique Damasceno.

O caso veio à tona durante a investigação da perda da criança, quase um mês depois, em outro episódio de violência dentro da casa do casal – o laudo da morte aponta sinais de violência e só os três estavam no apartamento. Nesta quinta-feira, 8 de abril,  o padrasto e mãe foram presos e vão ser indiciados por homicídio duplamente qualificado, segundo informações da TV Globo.

“A mãe não comunicou a polícia, não afastou o agressor de uma criança de quatro anos. Ela esteve em sede policial, prestando depoimento por 4 horas, dando uma declaração mentirosa e protegendo o assassino do próprio filho. Ela aceitou esse resultado. Ela se manteve firme ao lado dele, mantendo uma versão absolutamente mentirosa”, apontou o delegado.

Veja a conversa entre a babá e mãe de Henry Borel

Henry trancado no quarto com Jairinho

TV alta com voz de desenho

Henry não quer ficar sozinho na sala

Babá com Henry na sala

Jairinho arrumando a mala

Jairinho andando pela casa

Henry reclama de dor de joelho

Monique pensa em colocar microcâmera

Babá preocupada com Henry

Monique diz que já está chegando

Henry conta à babá as agressões

Henry fica quieto com a babá

Henry está mancando

Jairinho fechou a porta do quarto

Henry com a cabeça machucada

Mãe não ajudou o filho e protegeu o padrasto

Ainda de acordo com as declarações da entrevista coletiva, o delegado diz que além de não ajudar o menino, Monique protegeu o padrasto. “Ela esteve em sede policial, em depoimento, por mais de 4 horas, apresentando uma declaração mentirosa, protegendo o assassino do próprio filho. Não há a menor dúvida, que ela não só se omitiu, quando a lei exigia que ela deveria fazer (relatar o crime), como também concordou com esse resultado”, afirmou Damasceno.

O promotor falou sobre a hipótese que a mãe disse sobre um acidente domestico, que foi rapidamente descartada nas investigações. “Essa certeza veio vindo ao longo da investigação. A gente colheu uma série de depoimentos contraditórios, que contrariavam a verdade. Evoluindo essa investigação, a gente conseguiu constatar que a hipótese de acidente era descartada”, disse Marcos Kac, promotor do MPRJ.

O diretor ressaltou que a mãe de Henry tinha conhecimento das agressões. “E como ela é mãe, essa omissão dela é realmente relevante. Por isso, ela está sendo responsabilizada nesse ato por esse crime. O casal parecia bem unido até no momento da prisão, eles estavam dormindo juntos na casa da tia de Jairinho. E mesmo depois da morte do menino, a mãe apresenta a todo momento essa versão protegendo o vereador”, disse Lopes.

O delegado ainda afirmou que estão investigando se aconteceu alguma ameaça por parte de Jairinho à babá que teria mentido em seu depoimento na delegacia. “O inquérito ainda não está 100% encerrado, ainda faltam algumas diligências, que nós esperamos que sejam concluídas nos próximos dias”, conta Lopes.

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