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Você provavelmente já deve ter ouvido falar sobre a nova sensação do momento no mundo da tecnologia: o Chat GPT. A novidade promete revolucionar a maneira como usamos a inteligência artificial (IA) hoje e, entre outras áreas, pode ser uma grande aliada para a educação do seu filho, já que o robô pode dar informações que vão desde história natural a conhecimentos gerais, resolver questões matemáticas e até elaborar uma redação com o tema que a professora pedir. Mas será que essa ferramenta vai ajudar ou atrapalhar o aprendizado?
Para entender como a tecnologia funciona e se ela realmente pode ser recomendada como apoio no processo educacional, conversamos com especialistas que apontam potenciais usos para aprendizagem nas escolas, mas também destacam a necessidade de considerar os desafios e preocupações inerentes a essa implementação.
Segundo Lucas Briquez, diretor administrativo da Teia Multicultural e CEO da Asas Educação, o uso do Chat GPT pode impulsionar o processo educacional, especialmente em escolas que estão dispostas a quebrar paradigmas e inovar. “Enquanto algumas instituições se mantêm presas a materiais tradicionais, as escolas que adotam uma abordagem autoral podem utilizar o Chat GPT como uma ferramenta de apoio na criação de planos de aula, projetos e contratos didáticos”, explica.
O especialista afirma que os estudantes podem se beneficiar muito com o Chat GPT, uma vez que ele funciona como um parceiro virtual, auxiliando na resolução de dúvidas de forma personalizada. O Diretor Presidente da Vereda Educação, Arthur Buzatto, também concorda que a ferramenta representa uma evolução exponencial no acesso à informação e na produção de conteúdo.
O Chat GPT pode ajudar meu filho na escola?
É de extrema importância utilizar o Chat GPT de forma adequada e ética, evitando uma dependência excessiva da inteligência artificial e preservando o papel fundamental do professor como mediador do conhecimento. De acordo com Lucas Briquez, a qualidade e a confiabilidade das informações fornecidas pela ferramenta também devem ser consideradas, pois nem sempre as respostas geradas serão precisas ou abrangentes o suficiente. Além disso, é essencial educar os alunos sobre o uso responsável e crítico da tecnologia.
O professor não pode perder seu papel de facilitador e mediador do conhecimento. Sua expertise está em conectar as informações aos interesses dos estudantes e ajudá-los a compreender de forma acessível. O educador precisa estimular a reflexão, mostrando aos alunos como analisar e questionar as respostas do Chat GPT, desenvolvendo habilidades de pensamento crítico e capacidade de filtrar informações.
Arthur Buzatto ressalta a importância de questionar a fonte da informação e de não simplificar demais as discussões, pois o aprofundamento em um assunto geralmente leva a mais dúvidas e nuances. Ele também menciona a necessidade de evitar que os estudantes vejam o Chat GPT como um atalho fácil, enfatizando a importância do trabalho árduo de desenvolver habilidades de questionamento crítico e avaliação cognitiva.
Como usar o Chat GPT de forma segura
Integrar o Chat GPT nas salas de aula requer uma abordagem cuidadosa e consciente, levando em consideração não apenas as funcionalidades da ferramenta, mas também as preocupações e limitações que envolvem sua utilização. Arthur Buzatto destaca a relevância de considerar o estágio de desenvolvimento de aprendizagem em que os estudantes se encontram, isso para que seja determinado como integrar essa ferramenta de forma adequada.
“É fundamental que a introdução do Chat GPT na sala de aula esteja alinhada com o objetivo principal da escola, que é o desenvolvimento do estudante como um todo, e não apenas a transmissão da pura informação”, ressalta ele. Isso estimula a capacidade dos estudantes de questionar e refletir. “Nós temos que caminhar para avaliações que indagam muito mais o saber perguntar, do que a informação por trás da resposta”, aponta.
O uso excessivo de redes sociais, ferramentas de busca, como o Google, e a leitura superficial têm se tornado uma realidade preocupante entre os jovens, que acabam não absorvendo a informação completa ou correta, replicando conteúdos sem embasamento. Pensando nisso, o Chat GPT e outros recursos de IA só podem desempenhar um papel importante, desde que sejam trabalhados em conjunto pela família e pela escola.
Roberta Bento, que é colunista e embaixadora da Pais&Filhos além de fundadora do site SOS Educação, destaca a importância de ensinar os estudantes a aprenderem a aprender. “Se conseguirmos trabalhar com o foco em ensinar nossos estudantes a aprenderem como aprender, tanto o Chat GPT, quanto os novos recursos de inteligência artificial que vierem terão seu valor no processo ensino-aprendizagem.”
Para ela, a implementação do Chat GPT pode potencializar um processo que já está em andamento, mas é preciso ajustar alguns desafios atuais, como a falta de paciência para buscar diferentes fontes de informação, o baixo interesse por assuntos fora da bolha em que cada grupo de jovens está inserido e a falta de respeito por opiniões e visões diferentes.
Para superar essas questões, é necessário estimular o questionamento constante e a reflexão crítica. “Cabe a nós intensificar o estímulo ao questionamento constante sobre aquilo que ouvimos, lemos e até mesmo pensamos. Se for para questionar e exercitar a reflexão, até mesmo uma redação feita por uma ferramenta artificial se torna um objeto de estudo”, enfatiza ela.
Benefícios do Chat GPT para os alunos
Envolver a equipe pedagógica das escolas em um processo de formação continuada para refletir sobre como os novos recursos tecnológicos podem ser utilizados para enfrentar os desafios da educação atual é de extrema importância. Segundo a colunista da Pais&Filhos, ao incentivar os alunos a pesquisar, questionar e refletir sobre o que leem e ouvem, é possível formar cidadãos conscientes de seu papel na sociedade.
Roberta ressalta que as respostas prontas facilmente encontradas na internet têm valor apenas quando servem como base para discussões em grupo, para o questionamento e a construção de cenários futuros que priorizem o bem-estar da sociedade. Ela sugere que o Chat GPT seja encarado como uma ferramenta que ainda demanda estudos e regulamentação, mas que já faz parte do cotidiano de todos.
Nesse sentido, o uso do robô pode impulsionar a autonomia dos alunos em relação à aprendizagem. A ferramenta pode ser utilizada como um recurso para estimular o pensamento crítico, a pesquisa independente e o desenvolvimento das habilidades de análise e síntese. Os estudantes são desafiados a avaliar a qualidade e a confiabilidade das informações obtidas, ao identificar possíveis vieses e a complementar seu aprendizado com outras fontes.
Dessa forma, o Chat GPT pode ser integrado ao processo de ensino-aprendizagem de maneira que os alunos se tornem protagonistas de sua própria aprendizagem, capazes de explorar e utilizar a tecnologia de forma crítica e consciente. A autonomia dos estudantes é fortalecida, pois eles aprendem a buscar, avaliar e utilizar as informações disponíveis, tornando-se mais independentes na construção do conhecimento.
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Vacina é um tema tão essencial que, pela primeira vez, a Pais&Filhos se uniu ao Ministério da Saúde e Crescer nessa causa. Estamos juntos para conscientizar a população sobre a importância da imunização contra a gripe e estimular a vacinação, com foco nos grupos prioritários.
