Publicado em 12/02/2023, às 09h56 por Jennifer Detlinger
Na manhã deste domingo, 12 de fevereiro a atriz Claudia Raia anunciou o nascimento do terceiro filho, Luca. O bebê veio ao mundo na noite de sábado, 11 de fevereiro, por meio de um parto cesárea com 48cm e 2,96kg na maternidade Pro Matre, em São Paulo. O bebê é o primeiro filho da atriz com o ator Jarbas Homem de Mello, de 53 anos. Claudia já é mãe de Enzo Celulari e Sophia Raia, fruto do casamento com Edson Celulari.
Desde o anúncio da gravidez de Claudia Raia, o tema sobre a maternidade após os 50 anos ficou ainda mais em alta. Em entrevista exclusiva à Pais&Filhos, a atriz falou sobre como encarou a situação de ter se tornado também um símbolo e exemplo para diversas mulheres que por algum motivo desejam ter filhos depois: “Encaro com muita responsabilidade. O que eu tenho para dizer a essas mulheres é que procurem saber das possibilidades, esgotem todas elas… Muitas vezes nos falta informação. E informação é poder. Eu acho também que este momento é uma inspiração mesmo para quem não deseja engravidar, mas quer fazer alguma coisa nova e fica com aquela voz na cabeça: “Mas você está muito velha pra isso. Quem disse? Não acredita nisso, amor. Você está no tempo certo, no seu tempo!”.
Nos últimos anos, com as mulheres cada vez mais ativas no mercado de trabalho o adiamento da gravidez já é uma realidade. Por outro lado, surgem muitas dúvidas de como isso pode ser feito e sobre a saúde da mãe e do bebê.
O período mais fértil das mulheres está entre os 20 e 24 anos de idade. Há indícios que depois dos 35 anos, a probabilidade de uma mulher engravidar naturalmente reduz em 50% comparado aos 24 anos. Estudos mostram que o envelhecimento implica em algumas consequências biológicas que já são muito discutidas. A mulher já nasce com uma quantidade de óvulos disponíveis e, por isso, as chances de engravidar diminuem conforme o tempo passa, aumentando também a probabilidade de ser uma gravidez de risco.
Segundo o Dr. Rodrigo Rosa, pai de Giovanna e Rafael, ginecologista, obstetra, especialista em reprodução humana e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo, a partir dos 35 anos, há o aumento de risco de aborto e síndromes cromossômicas e de complicações obstétricas, como o risco de pré-eclâmpsia, diabetes e parto prematuro. “Nesses casos, os cuidados no pré-natal como o controle de peso, cuidados com a alimentação, prática de atividade física, controle pressão arterial, glicemia e outros controles relacionado as hormônios, o risco das complicações diminui bastante.”
Há duas opções quando o assunto é tratamento de fertilização a partir dos 40 anos: a fertilização in vitro e a ovodoação/ovorecepção. “A Fertilização In Vitro (FIV) é um dos tratamentos de reprodução humana mais populares. No entanto, suas taxas de sucesso também são afetadas pelo processo de envelhecimento, já que a idade do óvulo utilizado é que determina a chance de gravidez. Para se ter uma ideia, a chance de gravidez na FIV com óvulo próprio aos 44 anos é de 5% e aos 45 anos é menor que 1%”, explica Dr. Rodrigo Rosa.
Ele destaca ainda que existem exceções à regra, como mulheres com reserva ovariana acima da média ou que congelaram os óvulos anteriormente. “Mas, quando esse não é o caso, a segunda opção de o tratamento é a ovorecepção”, destaca.
Mas o que é a ovorecepção? Essa técnica consiste no uso de óvulos doados para a realização da Fertilização In Vitro, que serão fecundados em laboratório com o sêmen do parceiro ou também de um doador para, em seguida, serem inseridos no útero da mulher para gerar o bebê. O especialista afirma que dessa forma, as chances de gravidez por meio da Fertilização In Vitro aumentam para cerca de 60%.
“Ao contrário do que muitos pensam, a gravidez por doação de gametas, sejam óvulos ou espermatozoides, não reduz o papel de pais do casal receptor, afinal, são eles que garantirão que a criança cresça feliz e saudável. E é fundamental que temas como esses sejam cada vez mais discutidos para conscientizar a população sobre a importância da doação de gametas e para naturalizar a recepção dos óvulos e espermatozoides em tratamentos de fertilidade.”
Você deve estar se perguntando, até quando isso é possível? Pelo Conselho Federal de Medicina, é permitido realizar esses procedimentos até 50 anos. A partir dessa idade, precisa de uma autorização do órgão, através de relatórios médicos que atestem que a mulher está apta a gestar com baixo risco para sua saúde. Vale lembrar também que alguns hábitos podem influenciar na fertilidade, além da idade. São eles: o tabagismo, a obesidade, o estresse, o excesso de cafeína, de álcool. Exercer uma alimentação saudável, praticar atividade física, ter um sono regular são fatores que ajudarão na fertilidade.
Em 2021, Claudia Raia deu uma entrevista para o site Gshow contando da vontade de ser mãe mais uma vez. Ela já tem dois filhos do relacionamento com Edson Celulari, Enzo e Sophia. “Filho na idade que a gente quiser!”, declarou, “É algo que conversamos sobre. Eu congelei meus óvulos, justamente porque tenho essa vontade de ser mãe novamente. Mas ainda são planos. Não temos nenhuma data, nenhum prazo fechado”, contou, sobre os diálogos com o marido. Jarbas, aliás, é super a favor da iniciativa da esposa.
De acordo com os especialistas, as chances de uma gravidez natural são pequenas, visto que nesse período o organismo da mulher está entrando na menopausa, que é o fim da fase reprodutiva. Mas independente de qual método for utilizado, o mais importante é que tenha sido feito de forma segura a mãe e o bebê.
Dr. Fernando Prado, ginecologista, obstetra e especialista em Reprodução Humana, diretor clínico da Neo Vita e coordenador médico da Embriológica, lembra que o congelamento de óvulos é uma técnica importante para as mulheres que desejam adiar a maternidade. “O congelamento pode ser feito e qualquer idade, mas quanto mais cedo melhor. Até os 35 anos, as chances de gravidez são maiores. A partir de 42 anos a taxa de sucesso é baixa e não é recomendado”, diz o médico. Ele reforça: “É importante ressaltar que quando a mulher for usar os óvulos as chances e riscos são relativos a idade que ela tinha quando ela congelou. Nesses casos, os riscos de genético estão relacionados a idade que do congelamento e precisa ser analisado apenas a saúde clínica da mulher naquele momento.”
É a técnica atual que, segundo o médico, veio para “revolucionar” a maneira de se realizar o congelamento de óvulos e também de embriões. Ele pode ainda zerar efeitos deletérios que o procedimento causava nos óvulos com técnicas anteriores. “Por isso, evita-se a formação de cristais de gelo no interior do óvulo no momento do congelamento, diminuindo o dano a este óvulo”. Nessa técnica, os oócitos ficam imersos em nitrogênio líquido a -196ºC.
A técnica antiga e aprimorada para a vitrificação desde 2005, era usada tanto para óvulos como para embriões. O principal ponto negativo é que a partir do congelamento, acabava formando muitos cristais de gelo no interior do oócito, que danificavam a estrutura célula e causavam alterações cromossômicas. Felizmente, com o avanço da ciência, o método foi modificado e trouxe mais sucesso para o procedimento.
A especialista em reprodução humana Ana Lucia Beltrame, mãe de Rafael e Guilherme, conta que a técnica de congelamento melhorou muito nas últimas três décadas. Ela atribui o aumento das realizações bem sucedidas à mudança na técnica do congelamento, que passou a ser a vitrificação. “O procedimento possibilita que o congelamento aconteça de forma ágil. Isso impede que se formem cristais de gelo que rompem e danificam o óvulo”. A técnica vem sendo utilizada de cinco anos para cá e garante uma sobrevida de 80% a 90% dos óvulos após o descongelamento.
Com os avanços da técnica, os riscos durante a estimulação ovariana e coleta dos óvulos são mínimos. Além disso, até o momento, não existem evidências científicas de que haja alguma consequência para a criança que tenha sido concebida através de óvulos congelados.
Isso pode depender conforme o perfil da paciente, além das medicações necessárias para o tratamento. Geralmente, o valor médio para congelar óvulos costumar ser entre de R$ 15 mil a R$ 20 mil. Após o procedimento, é necessário pagar uma taxa de manutenção anual dos óvulos, que é em torno de R$ 1 mil.
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