Criança tem órgão genital decepado pelo padrasto e abandona cidade que morava por medo

Um menino, de apenas 5 anos, teve o órgão genital decepado pelo padrasto. O caso aconteceu em Canindé, no interior do Ceará, e o pai da criança precisou mudar de cidade com o filho por medo de represália da família do criminoso e da mãe, que está sendo investigada e segue em liberdade.

O suspeito do crime tem 26 anos e foi preso em flagrante e indiciado por lesão corporal grave. A mãe da criança, de 27 anos, foi autuada por omissão, porém está em liberdade. O caso só foi descoberto após o menino dar entrada em um hospital com o órgão genital dilacerado, com parte do membro em um isopor.

"No hospital, ela [mãe] deu três versões. Disse que meu filho tinha se ferido com um arame de caderno, falou que foi uma picada de mosquito e depois alergia. Mas os médicos desconfiaram e avisaram a polícia. Só um dia depois eu fiquei sabendo o que tinha acontecido com meu filho e ainda foi pela polícia", disse o pai da criança em entrevista ao G1.

Ele não morava na mesma cidade que a mãe do menino, mas sempre entrava em contato para saber notícias do filho. Em certo momento, ele começou a desconfiar dos maus-tratos sofridos pelo garoto, então resolveu registrar um Boletim de Ocorrência contra a mulher.

"Eu sempre ligava, tentava ver ele pessoalmente, mas ela colocava dificuldade. Quando soube que ele estava sendo maltratado pelo padrasto eu denunciei para a polícia, mas nada foi feito. Aí a família dela me procurou para desmentir a denúncia, que meu filho nunca tinha sido agredido. Na época, eu preferi acreditar na mãe, porque jamais imaginei que ela poderia deixar alguém ferir ele", contou.

O pai só descobriu o que tinha acontecido com o filho um dia depois da ida ao hospital. Depois disso, deixou a cidade junto com o menino. "Larguei tudo! Tive que mudar de cidade e ir embora com ele e com a minha família, por questões de segurança", relatou.

Agora o pai é quem poderá tomar as decisões referentes ao filho e está com a guarda da criança. A mãe deverá pagar pensão alimentícia, sob pena de prisão. Além disso, a família materna só poderá visitar o menino com a supervisão do pai.