No Japão, o vício em videogames é um problema de gigantesca proporção e durante a pandemia, esse cenário se agravou mais ainda, onde não teve como controlar. Essa situação preocupa os pais que decidiram se reunir todos os meses em Tóquio para dar conselhos de como lidar com o filho que está viciado nos jogos (sendo console, computador ou celular).
O país fundador da Sony e Nintendo tem altos números de crianças viciadas em jogos, sendo que elas começam a jogar cada vez mais cedo e passam muito mais tempo no mundo virtual do que ao ar livre. Com a pandemia, esse número de atividades ao ar livre diminuiu mais ainda, segundo Sakiko Kuroda, a fundadora do grupo dos pais.
Um desses pais membros do grupo relatou: “Meu único consolo é que ele está cumprindo sua promessa de desligar durante a noite” e também disse que levou o filho para um centro de desintoxicação digital.
Segundo um estudo local do Ministério da Educação no país que foi divulgado em abril, 17% das crianças japonesas entre 6 e 12 anos jogam videogame por mais de 4 horas por dia, em relação a quantidade em 2017. Já, entre os jovens de 12 e 15 anos, houve um crescimento parecido e os pais não estão sabendo lidar com a situação. Sakiko também disse que além dos pais, a indústria e o governo deveriam dar mais atenção e lidar com esse problema.

No ano de 2019, a OMS (Organização Mundial Da Saúde), reconheceu como uma doença o transtorno por jogos eletrônicos (Gaming Distorder), que é basicamente um padrão de comportamento que prejudica a capacidade de controle de jogos, onde a pessoa prioriza os games ao invés de outras práticas, como andar e brincar ao ar livre. O transtorno é difícil de de identificar, porque os jogos estão entre as outras atividades do dia a dia.
Outros países da Ásia já adotaram algumas medidas radicais, por exemplo a China que os menores de 18 anos só podem jogar videogames por no máximo 3 horas por dia, então, são usadas técnicas de reconhecimento facial e controle de identidade.