O pai dos jovens que foram envenenados pela madrasta falou em entrevista exclusiva ao jornal O Globo, sobre como se sente após descobrir a maldade feita pela esposa, o caso chocou o país todo. Fernanda, 22, morreu após comer um almoço feito pela madrasta, Cíntia, e o irmão Bruno está internado no hospital com sintomas semelhantes.
“As pessoas podem pensar que eu tenho algum envolvimento no envenenamento dos meus filhos, mas não tenho. A Cíntia Mariano, minha esposa e acusada de envenená-los, não demonstrava que faria isso. Fico com um sentimento de revolta e culpa por me envolver com um monstro”, contou o pai.
Adeilson contou que se relacionava com Cíntia há quatro anos e, durante a pandemia, se casaram. Disse ainda que sempre foi um pai presente e tinha uma vida normal de casal. “Com meus filhos, nunca tinha percebido ela demonstrar ciúmes, mas com a minha ex-mulher, sim. Agora, olhando para trás, lembro que o Bruno se desentendeu algumas vezes e relatou algumas coisas estranhas, como o sumiço da carteira. E ela uma vez apagou uma conversa minha com ele no WhatsApp”, ressaltou.
Ele afirmou que conheceu Cíntia quando ela fazia o transporte escolar do filho, Bruno, que hoje tem 16 anos. A madrasta é suspeita de envenenar o adolescente e a irmã dele, Fernanda, de 22 anos, que não resistiu e acabou morrendo. O garoto chegou a ser internado com os mesmos sintomas da jovem, mas conseguiu sobreviver.
“Não tinha bola de cristal. Até briguei com Deus, perguntei a Ele por que tirou a minha filha. Mas não foi Deus. Foi quem estava do meu lado. Infelizmente, eu não sabia. Se você convivesse com ela, não perceberia. Ela acolheu 38 crianças em um projeto de mãe acolhedora da prefeitura. Não tem como entender o que passou pela cabeça”, disse Adeilson.