A tosadora Lorene Lourenço levou um baita susto ao ver uma cobra saindo do meio do saco de laranjas que tinha acabado de comprar em um supermercado. De acordo com o que ela disse, o saco com as frutas havia sido transportado até a casa onde mora no banco de trás do carro, junto com o filho de 10 anos. “Tirei as compras do carro e coloquei em cima da mesa. O saco de laranja ficou no chão. Eu disse para a minha funcionária pegar algumas laranjas. A gente estava conversando, quando vimos a cobra saindo do saco”, disse Lorene, em entrevista ao G1.
“Eu gritei muito ao ver e meu filho ficou assustado”, relembrou a mãe. Ela contou que um parente pegou uma garrafa PET, colocou no chão próximo ao animal e esperou a cobra entrar na garrafa. Depois que ela estava totalmente lá dentro, ele prendeu o recipiente.
A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que a cobra foi retirada do imóvel pelo Cento de Controle de Zoonoses (CCZ). De acordo com a administração municipal, ela é da espécie conhecida como “falsa coral”, que não é venenosa, e foi solta na natureza. Revoltada com o que aconteceu, a mãe contratou um advogado para processar o local. “O supermercado tem responsabilidade independente da cobra ser venenosa ou não”, afirmou.
O advogado José Beraldo explica que o comércio tem a responsabilidade e o dever de vigiar e fiscalizar as mercadorias. “Não pode pegar um produto direto do fornecedor sem examinar. Há produto que a embalagem é lacrada não dá para examinar, mas não é o caso do saco de laranja”, destacou. O supermercado respondeu, dizendo que lamenta o ocorrido e, depois do que aconteceu, iniciou uma “rigorosa apuração na unidade”.
A loja também apontou que tem compromisso com um rígido protocolo de segurança alimentar em todas as unidades. “Também estamos comprometidos a prestar todo suporte necessário à cliente, mas até o momento não fomos procurados”, contou, em nota.