Mais um caso de violência obstétrica aconteceu no Brasil e procedimento realizado pelo Hospital Municipal de Ji-Paraná (RO) só foi descoberto muito tempo depois.

Silvane Alves estava pretendia engravidar, porém as tentativas sempre acabavam falhas, foi então que, ao procurar saber o que poderia estar acontecendo, que ela descobriu ter passado por uma laqueadura durante seu parto em 2021, procedimento que não foi autorizado por ela ou pelo marido Fábio Rodrigues.
O casal se conheceu há dois anos e logo de início já planejavam ter filhos, o que aconteceu. No dia 16 de outubro de 2021, por volta das 4 horas, a mulher entrou em trabalho de parto, sendo levada a maternidade municipal. No local, coisas estranhas começaram a acontecer, como por exemplo, o marido ser impedido de estar com a mulher durante parto, o que é um direito garantido por lei federal de 2005. “A princípio eu não pude entrar nem dentro da maternidade. Eu fiquei de fora e só entrou a minha esposa, eu não entendi o porquê. Só depois de duas horas eles me colocaram pra dentro. O pai, a mãe, a tia, o irmão, o sobrinho, têm o direito de acompanhar na hora do parto. Isso é lei e foi negado para mim” denuncia ele.

Fábio ainda diz que o médico insistiu em fazer cesariana, mesmo após a paciente querer parto normal e ele ser possível: “Do nada, depois da cesariana, ele veio no corredor e gritou, sem nunca ter me visto: ‘vou laquear sua esposa’. Eu achei que era brincadeira, porque a gente não foi lá para fazer laqueadura, a gente foi pra fazer o parto”. Silvane Alves lamenta toda a crueldade pela qual passou, após procedimento não autorizado: “Nós já estamos quase com depressão porque eu já perdi um filho. Eu queria ter mais. Eu já tenho esse, sou muito feliz que ele é saudável, mas queria ter uma menininha. A gente sonhava com isso, mas veja o transtorno que ele (o médico) causou na nossa vida fazendo isso (a laqueadura)”. Apesar das denúncias, o medico responsável permanece no quadro de funcionários da Prefeitura.