Família

“É dor demais”, desabafa mãe de menino desaparecido há 17 anos após ação policial

Reprodução/Metrópoles

Publicado em 06/05/2022, às 07h31 por Redação Pais&Filhos


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Maria das Graças Soares, 53, ainda não superou a dor da saudade que sente pelo filho desaparecido há 17 anos, e se revolta com o descaso das autoridades em tentar encontrar Murilo Soares Rodrigo. Nesse tempo, quando se aproxima o dia 22 de abril, esse choro ganha volume e se intensifica. É quando completa mais um ano que o filho dela desapareceu.

“É dor demais! Você sabe o que é dor?! Parece que você está com uma faca cravada no seu peito 24 horas. Só uma mãe que perdeu o filho para entender o que eu sinto”, lamentou Graça ao jornal Metrópoles. Hoje o filho dela teria 29 anos. Murilo Soares Rodrigues foi visto pela última vez sendo abordado por policiais militares na noite de 22 de abril de 2005, em uma movimentada avenida da Vila Brasília, bairro de Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital de Goiás. Ele tinha 12 anos na época.

Graça não conseguiu retomar completamente a vida desde então, vive um constante misto de dor e luta para encontrar Murilo. Ela desenvolveu uma oscilação de humor com elementos psicóticos, segundo laudo médico, e para sobreviver, precisa de seis diferentes remédios diariamente.

O menino desapareceu em 2005 após uma ação policial (Foto: Reprodução/Metrópoles)

A dona de casa chora a todo instante e não consegue ter uma vida ativa ou trabalhar. Atualmente, depende do filho mais velho, que inclusive paga um plano de saúde para ela, fator importante para manter o tratamento psicológico e psiquiátrico. Dos três netos, um deles se chama Murilo em homenagem ao filho desaparecido.

A memória de Murilo também está presente de outras maneiras. Um parque do setor Mansões Paraísos, em Aparecida, ganhou o nome de Criança Murilo Soares, projeto do vereador Willian Panda (PSB), que conheceu o garoto quando criança. A mãe de Murilo costuma frequentar o parque. “É um momento de descarrego, quando eu vou, para mim, é como se o Murilo estivesse lá”.

Oito militares do grupo Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam) chegaram a ser presos por um tempo e se tornaram réus acusados de assassinar e esconder o corpo de Murilo e do pedreiro Paulo Sérgio Pereira, de 21 anos, que dirigia o carro em que o adolescente estava no momento da abordagem.

A mãe precisou tomar diversos medicamentos, e ainda guarda as coisas do filho (Foto: Reprodução/Metrópoles)

No caso de Murilo, a grande repercussão do desaparecimento gerou uma complexa investigação, com diversos depoimentos, interceptações e perícias. A própria PM pediu a prisão dos militares envolvidos. No entanto, após uma longa briga judicial, o processo foi arquivado por falta de provas.

Graça assistiu os policiais acusados e testemunhas na Justiça. Uma das testemunhas chegou a afirmar que um dos policiais perguntou se colocar fogo em corpos com pneu deixa vestígio. Há 17 anos uma mãe busca por notícias do filho. Apesar de todo o tempo passado, ela não desiste. Ainda tem esperança de ter solucionado o mistério do desaparecimento de Murilo. Enquanto isso não acontecer, ela demonstra que não desistirá de correr atrás de justiça.

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